2º turno das eleições da França começa com baixa participação.

Serão definidas 573 das 577 cadeiras que compõem a Câmara baixa francesa nesta votação, pois quatro já foram escolhidas no primeiro turno, segundo a agência Efe. Concorrem os dois candidatos mais votados no domingo passado ou aqueles que obtiveram mais de 15% dos votos. A previsão é que o partido centrista A República em Marcha, do presidente Emmanuel Macron, ganhe por ampla maioria.

Mais de 65 mil seções de votação foram abertas às 7h (horário local, 3h em Brasília) deste domingo. A maioria dos centros de votação permanecerá aberta até as 15h (11h em Brasília). Nas grandes cidades, devem ficar abertos por mais duas horas. Os franceses dos territórios ultramarinhos já votaram no sábado, mas os resultados definitivos só serão conhecidos ainda neste domingo.

As eleições acontecem novamente em meio a um forte esquema de segurança, com 50 mil agentes destacados em todo o país, pois a França permanece em estado de emergência desde a onda de atentados ao país de 2015.

As votações ocorrem um mês após Macron, um ex-banqueiro de 39 anos com pouca experiência política, conquistar a presidência da segunda maior economia da zona do euro.

O movimento político de Macron, Em Marcha, criado há apenas um ano, conseguiu em 11 de junho 32,3% dos votos, muito à frente da direita (21,5%), da extrema-direita (13,2%), da esquerda radical (13,7%) e do Partido Socialista (9,5%).

Enquanto isso, os dois grandes partidos tradicionais de esquerda e de direita, o Partido Socialista e Os Republicanos, que dominaram a vida política francesa há meio século, devem sofrer um novo revés nas urnas, segundo a France Presse.

O partido do antecessor de Macron, o socialista François Hollande, que controlava até agora a Assembleia com cerca de 300 deputados, teria apenas de 15 a 40 cadeiras das 577.

Os Republicanos, com uma projeção de 60 a 80 cadeiras, se tornaria o principal partido de oposição, mas sua margem de manobra seria limitada.

(Foto: Bob Edme/AP)