TEMAS GERAIS

35% dos imigrantes levados para o RS conseguiram ocupação

Dos 837 transferidos de RR para o RS, mais de 300 já conseguiram ocupação.

Em 24/12/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Joyce Heurich/G1

Desde que chegou ao Rio Grande do Sul, no dia 12 de setembro, Kimberly Domínguez é só gratidão. A esperança da venezuelana, de 22 anos, renasceu quando soube que o nome dela estava na lista de passageiros que seriam transferidos de Roraima, no Norte do país, para Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Oportunidade de Negócios. Seja um "Distribuidor Independente" da RACCO. Cadastre-se e receba informações: https://loja.racco.com.br/VIP/NEGOCIOEOPORTUNIDADE

“Chorei, gritava, era uma emoção tão grande”, lembra. “‘Todo mundo disse: ‘faz muito frio, não vá, é muito longe’. E eu disse: ‘eu quero ir’”, conta Kimberly, fazendo uso do típico "portunhol".

A mudança de estado foi possível por meio do programa de interiorização, capitaneado pelo governo federal, com o objetivo de distribuir e melhor acolher os cerca de 10 mil venezuelanos que chegaram ao Brasil somente em 2018. Provocada pela crise econômica e social que assolou a Venezuela, a emigração em massa se intensificou desde a chegada de Nicolás Maduro ao poder.

“Todos queríamos uma vida melhor. Comíamos uma vez ao dia, às vezes não comíamos. O dinheiro não dava para comprar medicamento”, justifica a imigrante.

Kimberly, de 22 anos, com o filho Albert Jesús Díaz, de dois, no colo — Foto: Joyce Heurich/G1

Kimberly, de 22 anos, com o filho Albert Jesús Díaz, de dois, no colo — Foto: Joyce Heurich/G1

Canoas foi a cidade que mais recebeu os estrangeiros no estado. Ao lado de Kimberly, do marido e do filho de dois anos, outros 302 imigrantes desembarcaram no município, de acordo com a prefeitura. Todos foram encaminhados a Centros Temporários de Acolhimento (CTAs). Os prédios foram escolhidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que é quem paga os aluguéis. A gestão dos centros é feita pelo município, com apoio da verba que vem do governo federal.

NATAL: Com as facilidades de pagar com segurança e receber os produtos em casa, cresce as expectativas do comércio eletrônico: https://www.raccoshop.com.br/compreprodutosracco/home

“Estávamos em uma barraca antes e, quando chegamos aqui ao Rio Grande, era uma casa, um quarto com ar, com televisão, com cama, cozinha, e eu chorava de emoção. Nos levaram comida e suco no quarto, aos meninos, fralda e remédio... Foi muito lindo”, define a venezuelana. "Muito agradecida com todos os gaúchos, "gurias" como se fala aqui", brinca.

Foram menos de duas semanas dividindo o abrigo com outras famílias. Logo, servidores da prefeitura avisaram sobre uma oportunidade de trabalho em uma fazenda, no interior de Gravataí, cidade vizinha a Canoas. Ela e o marido, Albert Díaz, de 23 anos, já haviam trabalhado com serviços gerais em fazendas na Venezuela e se encaixaram no perfil procurado.

“Eu queria rápido, eu queria trabalho, me sentia desesperada”, recorda Kimberly.

Vida na fazenda

Com um sorriso no rosto, a venezuelana recebeu e apresentou à reportagem do G1 o novo lar de sua família. As botas de borracha que calçava indicavam que alguma atividade estava sendo interrompida. "Estava fazendo queijo", confessa, avisando, logo em seguida, que não haveria problema em continuar o trabalho mais tarde.

NATAL: Com as facilidades de pagar com segurança e receber os produtos em casa, cresce as expectativas do comércio eletrônico: https://www.raccoshop.com.br/compreprodutosracco/home

Kimberly conta que quase não sai da fazenda, já que o terreno fica numa zona rural, distante do centro da cidade, cujo acesso se dá por uma estrada de chão batido.

Ela, o marido e o filho se mudaram para a propriedade, onde passaram a viver e trabalhar, no dia 25 de setembro. Os dois cumprem a função de caseiros, dando conta das mais diversas atividades que a manutenção do espaço exige. Em troca, recebem salário, casa e comida. O gás e a luz também são pagos pelos patrões.

"Tive que aprender a fazer o queijo, aprendi muito rápido, a manteiga amarela, depois dar comida ao papagaio, alimentar os animais, limpar a casa dos patrões, o salão de festas", relata Kimberly, que cumpre meio turno para receber R$ 600. Entre uma tarefa e outra, Kimberly precisa olhar o filho, que ainda não frequenta a escola.

Sobrinho e filho de Kimberly brincam juntos no balanço improvisado com um pneu — Foto: Joyce Heurich/G1

Sobrinho e filho de Kimberly brincam juntos no balanço improvisado com um pneu — Foto: Joyce Heurich/G1

Já o marido trabalha o dia todo e recebe o dobro. Ele é responsável por aparar a grama, cuidar da horta, ordenhar e alimentar os animais de grande porte.

A casa onde passam as noites, rodeada por plantas e animais, é modesta: um quarto, cozinha e sala integradas e um banheiro. Para a família de Kimberly, representa uma oportunidade recomeço. Depois de passar fome na Venezuela e morar por três meses na rua em Roraima, dependendo de doações, a garantia do básico é assimilada como luxo.

Oportunidade de Negócios. Seja um "Distribuidor Independente" da RACCO. Cadastre-se e receba informações: https://loja.racco.com.br/VIP/NEGOCIOEOPORTUNIDADE

“Brasil me ensinou a partilhar, me ensinou tanta coisa, a ser solidária com todos, a ajudar”, reflete. “Na Venezuela, tínhamos tudo, nunca havíamos necessitado nada de ninguém”, explica.

Desejo de voltar à Venezuela

Família reunida em frente à casa onde dorme Kimberly, o marido e o filho, na fazenda, em Gravataí  — Foto: Joyce Heurich/G1

Família reunida em frente à casa onde dorme Kimberly, o marido e o filho, na fazenda, em Gravataí — Foto: Joyce Heurich/G1

Embora a vida pareça estar voltando pouco a pouco aos eixos, a imigrante ainda nutre o desejo de poder um dia retornar à terra natal. “Se Maduro sair da presidência, nós vamos voltar para a Venezuela”, planeja.

Até lá, a venezuelana promete lutar para proporcionar um futuro melhor aos filhos. Além de Albert Jesús Díaz, de dois anos, o casal tem um filho mais velho, de seis, que chegou a vir para o Brasil, mas acabou voltando com a avó, mãe de Kimberly, para a Venezuela.

Somente em julho de 2019, por conta de questões burocráticas, a mãe pretende trazê-lo ao Brasil. “Nossa meta é seguir adiante e conseguir algo melhor para ajudar a nossa família. E é difícil porque estamos longe de nossos familiares, mas é preciso lutar”, confia a imigrante.

NATAL: Com as facilidades de pagar com segurança e receber os produtos em casa, cresce as expectativas do comércio eletrônico: https://www.raccoshop.com.br/compreprodutosracco/home

Por enquanto, mãe e filho mantêm contato diariamente pelo celular emprestado pelo dono da fazenda. No aparelho, Kimberly mostra uma foto do mais velho, de mochila nas costas. A ideia de reunir toda a família novamente é o que a motiva a sair da cama todos os dias.

Kimberly mostra a foto do filho mais velho, que ficou na Venezuela — Foto: Joyce Heurich/G1

Kimberly mostra a foto do filho mais velho, que ficou na Venezuela — Foto: Joyce Heurich/G1

"Trabalhando duro para poder buscar meu filho, tê-lo aqui e ficar felizes todos juntos", planeja a venezuelana. "Meus sonhos são meus filhos", completa.

Há aproximadamente duas semanas, o cunhado dela, de 20 anos, a esposa, de 18, e os dois filhos pequenos, de 1 ano e 3 anos, também deixaram a Venezuela para morar na mesma fazenda. “Os meninos chegaram fracos e, em uma semana, já estavam gordinhos”, comemora Kimberly.

Oportunidade de Negócios. Seja um "Distribuidor Independente" da RACCO. Cadastre-se e receba informações: https://loja.racco.com.br/VIP/NEGOCIOEOPORTUNIDADE

O endereço mudou, mas as tradições seguem as mesmas. Com o Natal se aproximando, o próximo dia de folga do trabalho na semana, que costuma ser de descanso, vai ser destinado à compra do clássico "presente do Papai Noel" para as crianças.

"Dia 24 de dezembro, chega o Papai Noel. E no dia 25 de dezembro, os meninos acordam com seus presentes", explica sorrindo.

Kimberly, ao lado do filho, apresenta a sala e cozinha da nova casa — Foto: Joyce Heurich/G1

Kimberly, ao lado do filho, apresenta a sala e cozinha da nova casa — Foto: Joyce Heurich/G1

Informalidade

Mesmo trabalhando 6 dias na semana, o casal de venezuelanos não têm carteira assinada. De acordo com o procurador do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT/RS) Ivan Sérgio Camargo dos Santos, essa também é a realidade de outros tantos imigrantes e, até mesmo, brasileiros que acabam caindo na vala comum da informalidade.

Por desconhecerem as leis trabalhistas brasileiras, alguns imigrantes acabam se tornarnando vítimas de subempregos, que não contemplam seus direitos.

“Já chegaram ao MPT relatos de situação de informalidade, de contratações sem assinatura de carteiras, de promessas que não são cumpridas. Todos serão investigados”, garante.

NATAL: Com as facilidades de pagar com segurança e receber os produtos em casa, cresce as expectativas do comércio eletrônico: https://www.raccoshop.com.br/compreprodutosracco/home

O MPT/RS já pediu uma lista aos municípios gaúchos que estão recebendo esses migrantes com o nome de todos que já estão empregados e dos empregadores. “Queremos conhecer as condições”, justifica o procurador.

Para combater a exploração, também serão distribuídas cartilhas em espanhol sobre as leis trabalhistas para que os migrantes saibam dos seus direitos. Para acessar a versão eletrônica da cartilha, clique aqui.

Venezuelanos no RS

Famílias da Venezuela reunidas em abrigo, em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

Famílias da Venezuela reunidas em abrigo, em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

No total, 837 estrangeiros foram transferidos de Roraima para o Rio Grande do Sul, por meio do programa de interiorização. O número divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social é maior - 841 -, mas a prefeitura de Canoas explica que 4 pessoas que estavam na lista do município acabaram não desembarcando, provavelmente, por terem desistido na última hora.

Oportunidade de Negócios. Seja um "Distribuidor Independente" da RACCO. Cadastre-se e receba informações: https://loja.racco.com.br/VIP/NEGOCIOEOPORTUNIDADE

Somente em setembro de 2018, além de Canoas, as cidades de Porto Alegre, Esteio e Cachoeirinha, na Região Metropolitana, e Chapada, no Norte do estado, receberam venezuelanos. Do total, pelo menos 309 conseguiram uma ocupação. O levantamento foi feito pelo G1 junto às prefeituras de cada cidade. O número inclui empregos formais e informais, muitos trabalham como diaristas, por exemplo.

Esteio

  • Depois de Canoas, Esteio foi a cidade que mais acolheu venezuelanos

  • 223 pessoas foram transferidas para o município

  • Uma mãe e dois filhos ficaram apenas dois dias na cidade e logo viajaram para o Mato Grosso do Sul para encontrar o pai das crianças

  • Dos 220, 27 já deixaram os abrigos e estão vivendo de forma autônoma

  • Alguns seguem morando em Esteio, outros em Maquiné, Soledade, Viamão, Arroio do Sal, Nova Petrópolis e Imbituba (SC)

  • São dois abrigos - 125 homens vivem em um abrigo específico, e o restante vive em um abrigo voltado a famílias

Cachoeirinha

  • Cidade recebeu 80 venezuelanos

  • De acordo com o poder público, 64 permanecem no Centro Humanitário

  • Os 16 que saíram foram morar por conta própria na cidade, em Gravataí, em Santo Antônio, em Santa Maria e em Porto Alegre

  • Dos que ficaram em Cachoeirinha, mas fora do abrigo, cinco foram morar no local de trabalho, e 11 alugaram espaços escolhidos por eles

  • Segundo a prefeitura, pelo menos 60% dos imigrantes estão trabalhando com carteira assinada

Chapada

  • Cidade recebeu 52 venezuelanos e todos permanecem lá

  • No dia da chegada, em 27 de setembro, todos foram morar em um abrigo, que é uma escola que foi reformada para recebê-los

  • Pelo menos três famílias já saíram e foram morar em outros lugares, alugando casa ou vivendo em propriedades rurais, onde moram e trabalham

  • Todos os adultos estão trabalhando com carteira assinada divididos entre um frigorífico, empresa de laticínios e fazendas

  • São 24 crianças e todas estão frequentando a escola

Na última terça-feira (18), outros 107 imigrantes chegaram ao estado em mais uma etapa do programa de interiorização. Eles foram acolhidos na capital, em Viamão e Santo Antônio da Patrulha.

Abrigo na capital

Mãe e filho venezuelanos se despedem do abrigo que os acolheu desde setembro em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

Mãe e filho venezuelanos se despedem do abrigo que os acolheu desde setembro em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

A capital gaúcha foi o destino de 70 venezuelanos que desembarcaram na cidade em setembro. As 20 famílias não se conheciam, mas acabaram unidas pelo desejo comum de buscar uma vida melhor no Brasil. Todas foram abrigadas na casa lar Aldeia Infantil SOS, no bairro Sarandi, que costuma receber crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Oportunidade de Negócios. Seja um "Distribuidor Independente" da RACCO. Cadastre-se e receba informações: https://loja.racco.com.br/VIP/NEGOCIOEOPORTUNIDADE

No espaço que reúne os imigrantes em Porto Alegre, não falta área verde. As 10 casas de acolhimento ficam uma ao lado da outra, ao redor de uma pracinha, com alguns brinquedos.

Cinco delas estavam desocupadas e acabaram destinadas aos venezuelanos. As peças foram mobiliadas igualmente: sofá, mesa de jantar, televisão e computador na sala, camas e guarda-roupa nos quartos, pia, fogão, mesa e armários na cozinha, banheiro e área de serviço.

A mobília foi paga com o dinheiro repassado pelo ACNUR, na intenção de garantir a dignidade dos estrangeiros acolhidos. Deu certo. A maioria se mostrou muito satisfeita com o que encontrou. Tanto que no dia da despedida do abrigo, Maria de Los Angeles Aguirre Mejias foi acometida por sentimentos conflitantes.

NATAL: Com as facilidades de pagar com segurança e receber os produtos em casa, cresce as expectativas do comércio eletrônico: https://www.raccoshop.com.br/compreprodutosracco/home

“Não quero ir, não quero ir embora. Mas tenho, porque tenho que deixar para que outras pessoas possam vir. Elas têm direito a ter o mesmo benefício que nós. Não podemos ser egoístas”, justifica, referindo-se aos conterrâneos que aguardam a abertura de vagas.

Reboque carrega pertences da família venezuelana que está de mudança do abrigo em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

Reboque carrega pertences da família venezuelana que está de mudança do abrigo em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

A venezuelana, de 35 anos, chegou à capital gaúcha no dia 25 de setembro acompanhada do marido e dos dois filhos, de 13 anos e 16 anos. O novo lar dos Aguirre Mejias vai ser ainda mais perto do colégio dos adolescentes. Em Porto Alegre, as crianças mais novas que imigraram ainda esperam a abertura de vagas em creches.

NATAL: Com as facilidades de pagar com segurança e receber os produtos em casa, cresce as expectativas do comércio eletrônico: https://www.raccoshop.com.br/compreprodutosracco/home

A conquista de um emprego, com promessa de carteira assinada, foi o que impulsionou e permitiu a saída do casal do abrigo. O marido foi o primeiro a conseguir uma vaga em uma empresa de construção civil, como servente de pedreiro. Além do salário de R$ 1.227, ele recebe vale alimentação e passagem.

Maria demorou um mês para ocupar o posto de auxiliar de limpeza em uma empresa de buffet. Recebe R$ 1.200, mais auxílio transporte. Ambos ainda estão sob contrato de experiência. Se pudesse escolher, a imigrante gostaria de trabalhar na sua área. “Cabeleireira. Essa é a minha profissão”, conta.

Além da família dela, outras três já deixaram o abrigo em Porto Alegre. Quatro estão esperando receber o valor enviado pela ACNUR, de cerca de R$ 1.000, para ajudar na mudança.

 Maigualida Martinez está ansiosa para deixar o abrigo e trazer os familiares que ficaram na Venezuela — Foto: Joyce Heurich/G1

Maigualida Martinez está ansiosa para deixar o abrigo e trazer os familiares que ficaram na Venezuela — Foto: Joyce Heurich/G1

O objetivo, segundo o coordenador do projeto na capital, Claudeson Campos, é que eles conquistem autonomia em até três meses para liberarem as vagas no abrigo a outros imigrantes que estão cruzando a fronteira. Na última terça-feira, mais 17 chegaram à casa em Porto Alegre.

Oportunidade de Negócios. Seja um "Distribuidor Independente" da RACCO. Cadastre-se e receba informações: https://loja.racco.com.br/VIP/NEGOCIOEOPORTUNIDADE

“O projeto vai até, no mínimo, setembro de 2019. E essas vagas são rotativas”, explica.

A garantia de uma renda fixa mensal é condição para que os venezuelanos sejam autorizados a deixar a casa lar. Embora recebam teto e comida sem custo algum, muitas famílias sonham em abrir mão do benefício para ter o próprio espaço e poder trazer os parentes que ainda passam necessidades na Venezuela.

Oportunidade de Negócios. Seja um "Distribuidor Independente" da RACCO. Cadastre-se e receba informações: https://loja.racco.com.br/VIP/NEGOCIOEOPORTUNIDADE

É o caso de Maigualida Martinez, que procurou Claudeson dizendo que gostaria de trocar o abrigo por um imóvel alugado. A resposta do coordenador do projeto foi negativa para o descontentamento de Maigualida.

Abrigo em Porto Alegre reúne crianças venezuelanas, que ainda aguardam por vagas em creches — Foto: Joyce Heurich/G1

Abrigo em Porto Alegre reúne crianças venezuelanas, que ainda aguardam por vagas em creches — Foto: Joyce Heurich/G1

“Só que a família dela são seis pessoas, e só o marido trabalha. A irmã conseguiu um emprego na semana passada. Não podemos deixar eles saírem para passar necessidade”, justifica Claudeson.

Oportunidade de Negócios. Seja um "Distribuidor Independente" da RACCO. Cadastre-se e receba informações: https://loja.racco.com.br/VIP/NEGOCIOEOPORTUNIDADE

Os venezuelanos não são obrigados a ficar, mas, se saírem sem o consentimento do projeto, são automaticamente desligados e não recebem o dinheiro de apoio para a mudança.

Com o marido empregado, Andrea Villalba, de 29 anos, é uma das que está esperando a chegada do valor oferecido pela ACNUR para poder deixar a casa lar com os dois filhos. A residência nova já tem endereço.

“Em duas semanas pretendo sair, tem que esperar o dinheiro para nós alugarmos. Queremos ter nosso espaço”, planeja a venezuelana.

Venezuelana Andrea Villalba oferece arroz ao filho em abrigo de Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

Venezuelana Andrea Villalba oferece arroz ao filho em abrigo de Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1