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76% querem limitar circulação de veículos contra poluição em SP

30% dizem que a volta da inspeção veicular é a medida mais eficiente.

Em 13/06/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Mais de três quartos dos paulistanos são favoráveis à adoção de medidas que limitem a circulação de veículos para diminuir a poluição na cidade, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13) pela Rede Nossa São Paulo e Ibope Inteligência.

Dentre os que são a favor, 30% afirmam que a volta da inspeção veicular ambiental é a medida que mais ajudaria a diminuir a poluição. 21% apoiam limitar a circulação de veículos em algumas ruas e avenidas do centro expandido; 16% ampliar o horário de duração do rodízio; 13% aumentar o número de dias do rodízio; 11% ampliar a área de rodízio e 4% cobrar pedágio urbano para circular no centro expandido.

Em dezembro de 2017, a Câmara de São Paulo aprovou projeto que prevê a volta da inspeção veicular, mas a lei ainda não foi sancionada pela Prefeitura.

“A notícia positiva é que a população está percebendo que a redução de emissões é uma questão importante para o meio ambiente. Mas notamos que quanto mais as medidas se aproximam de uma real mudança de hábito de limitar a utilização do carro, mais se reduz o apoio”, afirma Jorge Abrahão, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo.

“As pessoas aceitam checar se seu carro está poluindo ou não, mas ainda não entendem que coletivamente precisamos ir além disso. De uma forma geral, não só nessa administração mas também nas anteriores, temos poucas ações por parte do poder público. Nos acomodamos no modelo atual de rodízio. Mas o aumento de veículos demanda medidas que estejam em sintonia com o senso de urgência de diminuição de emissões”, diz Abrahão.

A pesquisa entrevistou 800 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 05 e 22 de abril. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Reciclagem do lixo

A maioria dos paulistanos afirma que separa os materiais recicláveis dos não recicláveis em casa. Dos 57% que dizem separar, 38% utilizam o serviço de caminhões da Prefeitura e 28% dizem entregar os materiais para catadores de rua.

De acordo com Abrahão, a cidade desperdiça recursos ao aproveitar apenas uma pequena parte deste material. Em 2016, São Paulo produziu cerca de 5,5 milhões de toneladas de resíduos. O resíduo domiciliar representou 66% e a coleta seletiva só 1,6% deste volume total.

“Temos um desperdício enorme de potencial para processar esses resíduos. Coletamos, mas apenas uma pequena parte é processada. É uma oportunidade ambiental, mas também social e econômica. Poderíamos gerar muitos empregos para catadores e riqueza para a cidade”, diz.

 Gráfico mostra regiões de São paulo que mais separam lixo reciclável  (Foto: Divulgação/ Rede Nossa São Paulo)

Conservação de parques e praças

Outra questão levantada na pesquisa é a percepção das pessoas sobre a conservação de parques e praças da capital. Quase de metade dos paulistanos avalia negativamente a preservação e manutenção destas áreas. 48% afirmaram que é ruim ou péssima, 41% regular e 11% boa ou ótima.

 Metade dos paulistanos avalia negativamente a preservação das praças e parques de São Paulo (Foto: Divulgação/Rede Nossa São Paulo )
 

Foto: Flickr/Thomas