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A 15 dias do verão, preços sobem na praia e cariocas resistem ao consumo

Moradores dizem que costumam consumir longe da praia.

Em 05/12/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Com o início das férias escolares e a proximidade do verão, não é só a temperatura que sobe. O movimento nas praias do Rio também começa a esquentar e com ele, os preços cobrados nas barracas da areia e nos quioques no calçadão. O morador do Rio resiste e procura não consumir na praia. A estudante Gabriella Dunga, carioca da Tijuca, na Zona Norte, disse que os preços das cadeiras já subiram. "Há 15 dias, eles estavam cobrando R$ 4 e hoje me cobraram R$ 5. É por isso que eu e minhas amigas sempre trazemos a comida de casa", disse.

No ano passado, o verão no Rio ficou conhecido a estação dos preços "surreais" e até uma página foi criada no Facebook com a proposta de boicotar os altos preços. 

O açaí com granola no copo pequeno, vendido a R$ 8, está caro na opinião de Jony Paiva, que trabalha em um ponto de aluguel de stand-up paddle, no Posto 8, em Ipanema. Ele diz que sai da praia para comprar açaí em um copo bem maior por R$ 9,90. "Aqui eu costumo comer e comprar só o que tem qualidade e preço bom", revelou.

O preço do coco verde é praticamente  tabelado nos quiosques e na areia de Ipanema: R$ 5.

No entanto, em um quiosque na altura do Posto 9, o vendedor disse que, aos domingos, o preço do coco sobe para R$ 6, para o banhista que quiser sentar nas mesas. A garrafa de água de coco de 300 ml também é vendida por R$ 5.

Para o turista que visita o Rio pela primeira vez os preços cobrados nas praias também assustam.

Nesta quinta-feira (4), o G1 encontrou Carmem Sanches e a filha Júlia, que estão na cidade pela primeira vez. Hospedadas em São Conrado, elas contaram que decidiram passar o dia em Ipanema e ficaram supresas com os preços dos itens típicos da praia. "Só consumimos besterias como biscoito, água e açaí. Gastamos mais de R$ 50. Continuamos com fome. Por esse preço, a gente consegue almoçar bem na praia de Bombinhas, que frequentamos em Santa Catarina", afirmou.

Carmem contou ainda que percebeu que os vendedores pedem alto, mas quando o cliente reclama eles baixam o preço. "Um vendedor me ofereceu o biscoito e a água por R$ 8, mas acabou vendendo dois pacotes de biscoito e a água por R$ 10", explicou.

Os vendedores de mate e os barraqueiros dizem que os turistas e, principalmente, os cariocas estão reclamando mais do que consumindo. Um vendedor de mate, que não quis se identificar, disse que o movimento está fraco. Segundo ele, na mesma época em anos anteriores, ele faturava R$ 80 por dia, contra R$ 30 atualmente.

Fonte: G1