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Acampamento de Calais tem registro de vários incêndios.

Governo está desmontando o acampamento conhecido como Selva.

Em 26/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Vários incêndios que começaram na noite na "Selva" de Calais, o maior acampamento informal de migrantes da França, que começaram na noite de terça-feira (26) continuavam na manhã desta quarta (26), segundo  a CNN.

Entre 6 mil e 8 mil pessoas chegaram a se estabelecer precariamente em barracas, que estão sendo demolidas pelas autoridades francesas. Eles aguardavam uma oportunidade para atravessar o Canal da Mancha e se estabelecer no Reino Unido.

Na terça, ao cair da noite, múltiplos incêndios foram observados no local, que desde segunda-feira está sendo esvaziado. As chamas se intensificaram entre meia-noite e três horas, segundo a prefeitura. Ao menos dois botijões de gás explodiram.

De acordo com várias fontes, o fogo é uma "tradição, sobretudo entre algumas comunidades que têm o costume de incendiar suas casas antes de abandoná-las". O mesmo fenômeno foi registrado em março, quando foi desmantelada a ala sul do imenso acampamento de barracos na região norte da França.

Os bombeiros, escoltados por policiais, atuaram para apagar os incêndios. "Nos apedrejaram, por isso precisamos da proteção da polícia", disse um bombeiro à AFP.
As organizações que trabalham no acampamento já haviam advertido para a possibilidade de incêndios e distribuíram dezenas de extintores aos migrantes.

Um migrante foi internado por um ferimento nos tímpanos, informaram as autoridades locais.

Entre os acampados, 1,3 mil menores de idade não acompanhados, viviam até domingo no acampamento, que fica a 40 km da costa da Inglaterra, meta de muitos migrantes.

O desmantelamento da "Selva" foi anunciado pelo presidente François Hollande em setembro, a seis meses das eleições presidenciais, um pleito que terá a imigração como um dos principais temas.

Os migrantes, principalmente afegãos, sudaneses e eritreus, que abandonaram seus países para fugir de conflitos e da extrema pobreza, estão sendo levados para centros de abrigo espalhados por todo o território francês.

Fonte: AFP