TEMAS GERAIS

Agências de turismo fazem mutirão para atender brasileiros

Ainda não há levantamento de quantos brasileiros foram afetados pelo furacão Irma.

Em 09/09/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As agências de viagens tiveram que fazer um “mutirão” nos últimos dias para tentar dar conta dos telefonemas de turistas brasileiros que viajavam para Miami, nos Estados Unidos, ou para as praias do Caribe. A chegada do furacão Irma estragou os planos de viagem de muita gente e levou os turistas a cancelar ou remarcar suas viagens.

“O telefone não para de tocar. As agências tiveram que reforçar suas equipes de plantão para remarcar todas as viagens”, disse ao G1 o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Edmar Bull.

Por questões de segurança, as empresas aéreas cancelaram ao menos 47 voos durante o feriado que seguiam para a Florida. A Disney fechará as portas por pelo menos dois dias.

Segundo ele, ainda não é possível estimar a quantidade de turistas brasileiros impactados pelo furacão, nem o prejuízo das agências de viagem.

“Não é hora para fazer esse levantamento. É hora de trabalhar para atender os clientes”, disse.

Bull relata que os brasileiros que estavam em Miami já anteciparam os voos para voltar ao país. “Agora não dá mais”, disse.

Alguns turistas enfrentam dificuldades para remarcar os voos. A família de Adriano Ricardo Cappatto, de Jundiaí, deveria voltar de Miami neste sábado (9), mas teve seu voo cancelado. A previsão é remarcar a passagem apenas para quarta-feira (13), o que fará com que a família gaste US$ 800 para os dias extras no hotel.

Segundo o presidente da Abav, a maior dificuldade para retirar os brasileiros da rota do furacão foi a capacidade das empresas aéreas. “Elas estão lotadas”, disse.

Para conseguir deixar os EUA, alguns turistas tiveram que aceitar conexões não programadas nos EUA. “Tiramos passageiros de Miami por meio dos aeroportos de Houston, Dallas, Tampa e Orlando. É uma logística difícil e precisamos contar com a ajuda de todos”, disse Bull.

A mudança de rota foi a solução encontrada pelo advogado Jorci Júnior, de Boa Vista, que viajava com a família e um casal de amigos. Em vez de ficar em Orlando, o grupo seguiu para Nova Orleans para sair da rota do furacão.

Bull explica que a mudança de rota é uma opção para quem já está no meio da viagem. As pessoas que ainda não embarcaram preferem adiar a data.

Já os passageiros que não tinham embarcado para os EUA tiveram os voos cancelados ou postergados por alguns dias. As agências isentaram os clientes das multas. O trabalho exigiu que as agências alterassem todo o itinerário do cliente, como hotel, translados, passeios guiados, além das passagens aéreas.

Entre os brasileiros que desistiram da viagem está Ligia Sposito, de 38 anos, que embarcaria nesta sexta (8) com o filho, de 6 anos, e o marido para Miami. Com medo do furacão, a família remarcou a viagem e adiou as férias para 2018.

(Foto: AP Photo/Wilfredo Lee)