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Alemanha oferece até 100 mil euros por pistas sobre suspeito.

Perícia encontrou documento do tunisiano debaixo do assento do motorista do caminhão.

Em 22/12/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A polícia alemã está tentando encontrar um tunisiano, de 24 anos, considerado o principal suspeito do atentado que matou 12 pessoas em uma feira de natal em Berlim. Ele entrou na Alemanha como refugiado e chegou a ser preso.

A suspeita começa com um documento de identificação com o nome de Anis Amri encontrado embaixo do banco do caminhão usado no ataque ao mercado de natal. Ele tem 24 anos, 1,78 m e já esteve preso na Alemanha e na Itália.

Autoridades de segurança alemãs publicaram um alerta dizendo que Anis Amri é violento e pode estar armado. A recompensa para a pessoa que fornecer informações que levem à prisão do extremista é de 100 mil euros, o equivalente a mais de R$ 300 mil.

O pai de Anis disse a uma rádio tunisiana que o filho deixou o país há sete anos e passou quatro deles em uma prisão italiana.

O governo do estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália disse que Anis Amri chegou a Alemanha em julho de 2015 e teve um pedido de asilo negado.

A deportação não aconteceu porque Anis Amri estava sem documentos e a Tunísia negou, num primeiro momento, que ele fosse um cidadão daquele país.

As autoridades alemãs começaram um processo para conseguir novos documentos para o tunisiano.

Então Anis Amri recebeu uma permissão temporária para ficar na Alemanha, papel que os investigadores encontraram no caminhão.

As autoridades alemãs tiveram outra oportunidade de prender o extremista. De março a setembro deste ano, ele foi vigiado porque era suspeito de planejar um assalto para financiar a compra de armas automáticas. Chegou a ser detido, mas foi liberado pela Justiça. Na época, os investigadores identificaram apenas ligações com o tráfico de drogas e o envolvimento numa briga de bar. Eles suspenderam a vigilância.

Segundo a polícia, Anis Amri já usou seis identidades de três países diferentes. Enquanto a Alemanha caça o tunisiano, a vida nas ruas e nos mercados de natal de Berlim vai, aos poucos, voltando ao normal.

Por Rodrigo Alvarez. Berlim, Alemanha