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Além da Rotam, BME será extinto e PM terá nova tropa de elite.

O formato do novo grupamento ainda está sendo decidido.

Em 20/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Além da Rotam, o Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar também será extinto. A coluna Victor Hugo, de A Gazeta, apurou que no lugar dos dois batalhões especializados será criada uma nova tropa de elite, a “tropa de confiança do comandante-geral da PM”, como definiu uma alta autoridade do governo. O formato do novo grupamento ainda está sendo decidido, mas já se sabe que será feita uma nova seleção interna sob o comando do coronel Nylton Rodrigues, comandante-geral da corporação.

Na quinta-feira (16), a coluna Victor Hugo já havia anunciado com exclusividade a reformulação prevista para a Polícia Militar, informando a extinção da Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam), foco de maior resistência dos militares à volta ao trabalho. O efetivo da unidade, formado por cerca de 300 policiais, vai ser redistribuído para todas as unidades da PM do Estado.

DESPOLITIZAÇÃO

 

“A reformulação da Polícia Militar será importante para os próximos governos. A PM terá que passar ao largo das disputas políticas. Isso vai beneficiar a própria instituição, a sociedade e será muito útil para o futuro do Estado”, afirma uma fonte palaciana.

O COMANDO

Segundo a coluna apurou, essa mudança vai passar pelo fortalecimento do coronel Nylton Rodrigues, que ganhou a confiança do governador Hartung durante a revolta da PM. “Ele comandará a reestruturação e escolher quem vai trabalhar com ele”, destaca a fonte.

MAIS FORTE

Aliás, outro que sai fortalecido da maior crise da história da segurança pública do Estado é o secretário André Garcia, cuja cabeça está sendo pedida por deputados e outras lideranças, inclusive da PM. Pesou no fortalecimento do secretário o perfil dos que querem sua saída da Sesp, considerados hostis ao governo.

A PM E A JUSTIÇA

As eventuais ações judiciais contra os PMs capixabas acusados da participação na revolta militar vão para a Vara da Auditoria de Justiça Militar do Espírito Santo, instalada em 1983. É a 1.ª instância da Justiça Militar no ES. Vara Especializada da Justiça comum estadual, tem sede em Vitória e jurisdição em todo o Estado.

A PM E A JUSTIÇA 2

Responsável por julgar os recursos nas ações penais por crimes militares, o Tribunal de Justiça Militar não existe no Espírito Santo. A segunda instância da Justiça Militar estadual é exercida pelo Tribunal de Justiça do Estado. Os recursos das decisões desse colegiado, ou seja, proferidas pelo TJES, seguem para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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