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Apagão paraliza aulas e jornada de trabalho na Venezuela

O governo da Venezuela suspendeu as aulas e a jornada de trabalho em todo país.

Em 26/03/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Yuri Cortez/AFP

O governo da Venezuela suspendeu as aulas e a jornada de trabalho em todo o país depois que várias cidades e amplas zonas de Caracas amanheceram sem energia elétrica nesta terça-feira, 20 dias depois que um grande blecaute deixou o país petroleiro no escuro durante quase uma semana.

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Na tarde de segunda-feira, uma falha classificada pelo governo do presidente Nicolás Maduro como “um ataque” deixou a maioria dos 24 Estados do país sem luz por cerca de cinco horas.

De noite, após o restabelecimento parcial do serviço, a luz voltou a faltar, e na manhã desta terça-feira grande parte do país continuava sem eletricidade, segundo testemunhas da Reuters e usuários de redes sociais.

“Perpetrou-se um novo ataque de magnitude no pátio de transformadores de Guri”, disse o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, na noite de segunda-feira, em referência ao maior complexo hidrelétrico da Venezuela, que fornece cerca de 70 por cento da energia da nação.

Rodríguez não especificou a falha, mas disse que ela afetou “três linhas (de transmissão) muito importantes”.

Alguns especialistas sustentaram que os cortes de luz são produto da deterioração do serviço por falta de investimento desde que o falecido presidente Hugo Chávez nacionalizou o setor elétrico, em 2007.

Transtornos

Em Caracas, os comércios, bancos e colégios estavam fechados e o transporte público em circulação era mínimo. O metrô e os trens não estavam operando.

Como as linhas telefônicas e a internet não funcionavam bem, algumas pessoas não souberam da medida governamental de cancelar a jornada de trabalho durante 24 horas e foram aos seus empregos, encontrando-os fechados.

“A qualidade de vida que temos no país está no chão”, queixou-se Yolanda González, uma assistente de dentista de 50 anos que estava esperando transporte público para ir trabalhar em uma zona de classe média de Caracas sem saber se o consultório estaria aberto.

A falta de luz também estava afetando a distribuição de água potável, deixando hospitais sem energia e provocando o colapso dos bancos virtuais, vitais devido à escassez de moeda em um país com hiperinflação.

As operações no principal terminal de exportação de petróleo, José, foram afetadas pelos cortes de luz, disse à Reuters uma fonte da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA). O resto da indústria petrolífera, que conta essencialmente com subsídios próprios, não reportava falhas. Reuters

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