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Após 16 dias, operários voltam ao trabalho em canteiros na Papuda.

Eles criticavam condições de trabalho; não haverá desconto em salários.

Em 28/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Terminou nesta quinta-feira (28) a paralisação de operários que atuam nas obras de ampliação do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Eles pediam melhores condições de trabalho, afirmando que não tinham acesso a água potável, banheiros químicos limpos e aterramento de máquinas elétricas – um funcionário chegou a levar choque. O consórcio Tiisa/CMT nega haver irregularidades.

A greve tinha começado em 12 de abril. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção e Mobiliárias, os funcionários aprovaram o fim da greve com unanimidade, depois de conseguirem um carro pipa para molhar o canteiro, área de descanso para depois do almoço, equipamentos de proteção individual e mais dois bebedouros, com água gelada. Por telefone, o consórcio Tiisa/CMT disse que os trabalhadores vão repor os dias em que faltaram e que, por isso, as horas paradas não serão descontadas.

As obras começaram em agosto e envolvem 450 operários. Eles trabalham nove horas por dia entre segunda e quinta-feira e oito horas na sexta. Pedreiros, carpinteiros, armadores e eletricistas recebem R$ 1.381,60 pelo serviço. Serventes e ajudantes, R$ 897,60. A previsão de término é agosto de 2017.

Os trabalhadores afirmam que reclamavam desde o ano passado da falta de atendimento às condições mínimas de garantia à saúde e à segurança dos operários. Em resposta, a construtora teria oferecido pagar bônus para quem atingisse índices de produtividade. Os valores variariam entre R$ 225 e R$ 375, conforme a categoria. O grupo diz que as metas são inalcançáveis.

O consórcio Tiisa/CMT foi anunciado em 29 de junho de 2015 como vencedor da licitação das obras. Ao custo de R$ 112,9 milhões, as empresas devem entregar quatro centros de detenção provisória em São Sebastião. Cada uma oferecerá 800 vagas. Até agora, R$ 5,9 milhões foram repassados à concessionária.

De acordo com o contrário, o consórcio também deve entregar dois módulos de recepção e revista, cinco guaritas, quatro reservatórios de água, 16 módulos de vivência e dois módulos de saúde. Do valor total da obra, R$ 80 milhões serão repassados pelo Ministério da Justiça.

Fonte: G1