NEGÓCIOS

Após abertura de Wall Street, Bovespa dispara mais de 4%.

Às 13h22, horário de Brasília, o Ibovespa subia 4,18 por cento, a 46.298,78 pontos.

Em 09/12/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O principal índice da Bovespa saltava mais de 4 por cento no início da tarde desta quarta-feira, guiado pela disparada dos papéis da Petrobras e de bancos, em meio à cobertura de posiçõs vendidas e repercussão dos últimos eventos na cena política.

A ampliação das altas no pregão paulista acompanhou a abertura das bolsas nos Estados Unidos, onde os principais índices acionários operavam no terreno positivo, com a trégua na queda do petróleo e notícias sobre fusões e aquisições no radar.

Às 13h22, horário de Brasília, o Ibovespa subia 4,18 por cento, a 46.298,78 pontos, sinalizando quebrar sequência de três sessões de perdas, período em que acumulou declínio de 4,2 por cento. O volume financeiro era de 3,28 bilhões de reais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu provisoriamente a formação da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Em decisão publicada pela corte na noite de terça-feira, o ministro Edson Fachin determinou a suspensão da formação da comissão até decisão do plenário do STF, prevista para o próximo dia 16.

Para profissionais dos mercados financeiros, os últimos eventos favorecem a oposição na discussão sobre o processo de impeachment, embora ponderem que o quadro político deve manter elevada a volatilidade nos negócios, com investidores pouco convictos a assumir posições relevantes até alguma definição.

Destaques

=PETROBRAS mostrava as preferenciais saltando quase 9 cento e as ordinárias disparando 12 por cento.

No pano de fundo do avanço, a alta dos preços do petróleo e notícia de que a companhia estaria oferecendo vender até 10 por cento da área de Libra no pré-sal, conforme disseram fontes à Reuters. Agentes também monitoravam audiência pública nos Estados Unidos de ação judicial que companhia está sofrendo naquele país.

=ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO tinham altas de 5,2 e 4,8 por cento, respectivamente, após perdas recentes.

Nos três pregões anteriores, Itaú caiu cerca de 4 por cento e Bradesco recuou ao redor de 4,5 por cento.

=CCR disparava 6,7 por cento, amparada na notícia de que o contrato de concessão da rodovia Presidente Dutra deverá ser prorrogado por 13 anos em troca de 2,3 bilhões de reais em investimentos, conforme publicou o jornal Valor Econômico nesta quarta-feira.

=VALE tinha acréscimo 4,8 por cento nas preferenciais, apesar de nova queda dos preços do minério de ferro na China <.IO62-CNI=SI>, renovando mínimas históricas. A mineradora divulgou na véspera a conclusão da venda de quatro megacargueiros para consórcio liderado pela ICBC Financial Leasing, subsidiária do Banco Comercial e Industrial da China, por 423 milhões de dólares.

=FIBRIA caía cerca de 1 por cento, em movimento acompanhado por todo o setor de papel e celulose, diante do declínio do dólar ante o real. Analistas do BTG Pactual também citaram em nota a clientes que dados da consultoria finlandesa Foex da véspera mostraram nova queda no preço da celulose para a semana em relacão à semana anterior. A empresa venceu o leilão de uma das áreas no porto de Santos, realizado mais cedo, com lance de 115 milhões de reais.

=BTG PACTUAL, que não está no Ibovespa, derretia 10 por cento, ainda pressionado pelos temores sobre o rumo e a situação de liquidez do grupo financeiro após a prisão do seu ex-acionista controlador e fundador, André Esteves. Desde a fatídica quarta-feira de 25 de novembro, o papel caiu mais de 50 por cento até a véspera.

=BRASIL PHARMA despencava 13,6 por cento, contaminadas pelo noticiário envolvendo BTG Pactual, sócio na rede de drogarias. O chairman e um dos principais sócios do BTG, Persio Arida, afirmou no último dia 2 que o grupo sairia de ativos considerados não estratégicos para se concentrar no negócio bancário e reforçar sua liquidez. Na segunda-feira, companhia informou que seguiria com um plano de oferta de ações que pode levantar até 600 milhões de reais. O jornal O Estado de S.Paulo informou nesta quarta-feira que o Grupo Ultra se interessaria por parte dos ativos da empresa, mas não pelo todo.

Reuters