TEMAS GERAIS

Após desabamento em condomínio do ES, famílias vivem no improviso.

Desabamento de área de lazer de condomínio de luxo completou um mês.

Em 19/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um mês depois do desabamento da área de lazer do condomínio de luxo Grand Parc Residencial Resort, os moradores reclamam viver no improviso. Ninguém ficou desabrigado. Cada família conseguiu se ajeitar em um canto, mas a sensação é de perda do lar e das lembranças dele. O desabamento deixou um morto e quatro feridos.

“Todos nós estamos morando improvisados”, diz a jornalista Patrícia Mosé, que morava havia quatro anos no endereço da Enseada do Suá, em Vitória, sem moradores desde o desabamento às 3 da manhã da madrugada de 19 de julho, um mês atrás.

“Você pode até ter conseguido depois alugar um imóvel todo mobiliado. Mas eles não estão ali porque você escolheu. Você está num ambiente que não é seu. Quando você escolhe, muito legal. Agora quando é forçado, é mais difícil”, lamenta a moradora.

No caso de Patrícia, ela prefere ficar, por enquanto, com a família na casa da sogra, junto com o marido e filho.

Eles ainda estão decidindo se alugam um imóvel com o auxílio, de valor não divulgado, fornecido pela empresa responsável pela obra do Grand Parc, a Cyrela, para arcar com os custos de moradia.

Aluguel
Os moradores relatam também problemas para alugar apartamentos já que com a notícia do desabamento há relatos de aumento proposital de aluguéis. "Algumas pessoas tiveram dificuldade para alugar”, confirma Patrícia.

Assim como ela, a família da também jornalista Carla Einsfeld preferiu não alugar um imóvel por enquanto. “O pessoal aumentou o aluguel depois do desabamento. Eu quero pagar um preço justo”, diz Carla, que saiu às pressas do 11º andar na madrugada do dia 19 de julho.

Ela conta que na primeira semana o seu filho, hoje com quatro meses, chorava muito. “Ele acordava por volta das 3h15 e chorava muito. Não sei explicar como. Mas agora ele está bem.”

Em um lar provisório, a sensação de melancolia permanece. “Sinto falta da rotina, do dia a dia. O mais difícil é acordar e ver que não é seu lugar”, lamenta Patrícia.

g1/Espirito Santo