TEMAS GERAIS

Apreensivas, cidades capixabas suspendem diversos serviços.

A onda de lama deve chegar ao Estado ainda nesta segunda-feira (9).

Em 09/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Com a previsão de chegada da “onda de lama” ao Espírito Santo, proveniente do rompimento das barragens da mineradora Samarco, em Minas Gerais, os municípios que deverão ser afetados preparam diversas ações com o intuito de diminuir os impactos.

As aulas em escolas de Baixo Guandu e Colatina já foram suspensas.

E para não ficarem sem água, os moradores foram orientados a pouparem e armazenarem. Isso porque no momento em que a lama passar pelo Estado o abastecimento será cortado nos municípios de Baixo Guandu e Colatina. A população também foi orientada a evitar transitar ou permanecer nas margens do Rio Doce nos próximos dias.

De acordo com o boletim mais recente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) do Serviço Geológico do Brasil, divulgado na tarde de domingo (08), o pico da onda de cheia ao longo do Rio Doce chegará a Baixo Guandu nesta segunda-feira (09) e a Colatina e Linhares na terça-feira (10). 

Na manhã desta segunda-feira (09), o prefeito de Baixo Guandu informou que a previsão é de que a lama chegue ao município entre meio dia e 15 horas desta segunda. 

Comitê de emergência 

O governo do Espírito Santo montou um comitê de emergência para garantir o abastecimento de água para a população das cidades de Colatina, Baixo Guandu e Linhares, municípios que devem ser atingidos pela lama com rejeitos de minério da Samarco.

Essa delegação inclui o chefe de gabinete do governador, Neivaldo Bragato, o secretário de Saneamento, João Coser, e representantes da agência de recursos hídricos e da Defesa Civil, entre outros. Ela esteve reunida em Colatina com os prefeitos da cidade e de Baixo Guandu, além do secretário ambiental de Linhares. Foi colocada toda a estrutura do Estado à disposição das cidades, que já sofrem com a estiagem prolongada.

Investigação

Um inquérito civil será instaurado pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) para avaliar as consequências e os impactos sociais e ambientais provocados, em municípios capixabas, pelo rompimento das barragens da empresa Samarco em Mariana, Minas Gerais.

Os trabalhos serão acompanhados pelo Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente (Caoa) e das Promotorias de Justiça dos municípios afetados.

O caso

Uma barragem de rejeito da empresa de mineração Samarco se rompeu na tarde desta quinta-feira (05), entre os municípios de Mariana e Ouro Preto, a cerca de 110 quilômetros de Belo Horizonte. A barragem de rejeito é uma estrutura para armazenar resíduos da mineração. Pelo menos 128 residências foram atingidas pela onda de lama e dejetos na cidade.

Na manhã da última sexta-feira (06), moradores da cidade de Rio Doce, na Zona da Mata, foram surpreendidos pelo avanço dos rejeitos de minério de ferro no leito do rio. Ainda na sexta-feira, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou alerta para os municípios de Colatina, Linhares e Baixo Guandu, localizados às margens do Rio Doce no Espírito Santo.

Mineradora

A Samarco informou, por meio de nota, que "a expansão da mancha que avança no Rio Doce está sendo permanentemente monitorada" por seus técnicos. A empresa acrescentou que está em constante contato com as autoridades competentes.

Fonte: Folha Vitória