NEGÓCIOS

Após desastre, mercado chinês de minério vive incertezas

O desastre em Brumadinho criou incertezas para o mercado de minério de ferro da China.

Em 28/01/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Noticias de Mineração/Reprodução

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Pequim - O desastre fatal envolvendo uma mina da Vale em Minas Gerais criou incertezas para o mercado de minério de ferro da China em um momento em que a demanda pela oferta brasileira da commodity está aumentando, disseram vários operadores chineses nesta segunda-feira.

Uma barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, da Vale, rompeu na sexta-feira, destruindo instalações de mineração e casas na cidade de Brumadinho (MG), matando dezenas e deixando a comunidade em estado de choque, enquanto centenas de pessoas continuam desaparecidas.

O desastre em Córrego do Feijão é o segundo incidente em uma mina da Vale desde 2015, quando uma barragem com resíduos da extração de minério rompeu em uma mina da Samarco, uma joint venture da BHP e da Vale.

A mina de Córrego corresponde por 1,5 por cento da produção da Vale, a maior mineradora de minério de ferro do mundo, disse Helen Lau, analista da Argonaut Securities. No entanto, quatro operadores chineses do setor disseram que há preocupação de que o fornecimento de minério brasileiro de alta qualidade possa ser reduzido se o governo decidir fechar outras minas da Vale para investigações adicionais de segurança.

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Com o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), os dejetos de minério de ferro da Vale fizeram estragos por onde passaram. Foto: IstoÉ Dinheiro/Reprodução

“Estamos preocupados que o desastre possa levar a prêmios maiores sobre o minério de ferro com baixo teor de alumínio”, disse um operador de minério de ferro da Zheshang Development. Ele pediu para não ser identificado devido à política da empresa.

A Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro com baixo teor de alumínio, preferido pelas usinas chinesas devido ao seu baixo nível de impureza.

A mina da Samarco onde ocorreu o incidente de 2015 segue fechada, embora o presidente-executivo da Vale, Fabio Schvartsman, tenha dito na sexta-feira que o local poderia retomar um terço de sua produção em 2020.

A Vale realizou testes de segurança em todas suas outras minas no Brasil após o desastre da Samarco e seu principal porto de exportação na região, Tubarão, foi fechado por quatro dias em 2016 para solucionar problemas ambientais.

“(O caso Samarco) levou a uma longa parada nas operações e nós não sabemos se esse (novo rompimento de barragem) vai causar uma interrupção ainda maior e mais ampla para as atividades de mineração da Vale”, disse um operador de minério de ferro em Qingdao.

A demanda da China por minério de ferro de alta qualidade tem retornado conforme usinas de aço aumentaram suas margens de lucro nas últimas semanas devido a uma maior demanda por aço.

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