ECONOMIA INTERNACIONAL

Argentina decreta ampliação milionária em orçamento de 2015.

Decreto contempla também a emissão de um instrumento de dívida interna.

Em 30/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A dez dias da mudança de governo na Argentina, o Executivo presidido por Cristina Kirchner decretou uma milionária ampliação do orçamento deste ano e autorizou a emissão de duas letras de câmbio que somam 11,1 bilhões de pesos (R$ 4,3 bilhões) e mais emissão de títulos da dívida pública.

Através de um decreto de necessidade e urgência, com um anexo de quase 400 páginas, a presidente argentina, Cristina Kirchner, modificou o orçamento deste ano para reforçar as verbas destinadas a ministérios e a orgãos públicos.

Entre as dependências com verbas reforçadas estão a chefia de Gabinete e os ministérios de Interior, Defesa, Planejamento e Saúde.

Também foram ampliados os orçamentos da Administração Nacional da Seguridade Social (Anses) e da companhia Aerolíneas Argentinas, nas mãos do Estado desde 2008.

Para enfrentar o aumento de gastos, o governo determinou a emissão de duas letras de câmbio do governo, uma por 10 bilhões de pesos e outra de 1,1 bilhão, que sairão no próximo 9 de dezembro, um dia antes de Cristina passar a faixa presidencial para Mauricio Macri.

O vencimento desses títulos é dia 8 de março.

O decreto contempla também a emissão de um instrumento de dívida interna, com vencimento em fevereiro de 2018, para cancelar serviços de dívida por 4,3 bilhões de pesos.

Além disso, autoriza a Empresa Argentina de Soluções de Satélites a dar avais de US$ 125 milhões para garantir o financiamento das obras de construção do sistema satelital Arsat III.

Segundo especificou o governo, "o aumento das gastos se financia com maiores recursos aos calculados no Orçamento vigente, com fontes financeiras adicionais e mediante compensação de créditos de distintas verbas do orçamento nacional".

No Orçamento 2015 aprovado pelo Congresso argentino, as despesas totais fixados para este ano eram de 1,348 bilhão de pesos.

Fonte: EFE