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Ásia-África: Guiné-Bissau alerta para pobreza e alterações climáticas.

O chefe da diplomacia guineense considerou que são necessários trabalhos intensos.

Em 23/04/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário Lopes Rosa, alertou hoje (23) para a necessidade de trabalhar intensamente contra a pobreza e as alterações climáticas em todo o mundo, num discurso na Conferência Ásia-África, na capital da Indonésia.

O chefe da diplomacia guineense considerou que são necessários trabalhos "intensos" para "erradicar a pobreza e também os problemas de alterações climáticas", uma situação que afeta todo o mundo.

Num discurso proferido em francês, o governante manifestou o apoio do país aos três documentos que os líderes dos 105 países asiáticos e africanos presentes na cúpula devem aprovar ainda nesta quinta-feira.

Sobre a mesa estão a Mensagem de Bandung, a Declaração de Revitalização da Parceria Estratégica Ásia-África e a Declaração para a Palestina, documentos que ainda não foram disponibilizados à imprensa.

Entre as ideias propostas, figuram a criação de um Centro Ásia-África para abordar problemas partilhados pelas duas regiões, a defesa de alterações em algumas organizações internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e o apoio à independência da Palestina, segundo alguns governantes que participam no evento.

Mário Lopes Rosa considerou que "é tempo de as organizações internacionais verem a realidade" e de as Nações Unidas fazerem "uma mudança".

O chefe da diplomacia guineense elogiou o princípio da realização da Conferência Ásia-África de 1955, cujo 60º aniversário é assinado esta semana na Indonésia, a par do 10º aniversário da Nova Parceria Estratégia Ásia-África.

"Nosso movimento é baseado na prosperidade e na solidariedade entre muitas nações", destacou, ao lembrar que a Guiné-Bissau só viu a independência reconhecida depois do evento de 1955, em concreto em 1974.

Há 60 anos, num encontro na cidade indonésia de Bandung, líderes dos dois continentes lutavam contra a opressão colonial e o domínio das principais potências mundiais e defendiam a independência, a paz e a prosperidade econômica nas duas regiões.

Além dos países presentes, participam nas comemorações desta semana representações de 15 nações na qualidade de observadores e de 17 organizações internacionais.

Fonte: Agência Brasil