ESPORTE NACIONAL

Bauza admite interesse em Calleri e busca "um reforço para cada linha".

Em sua primeira coletiva no ano, técnico argentino fala da necessidade de reforçar o elenco.

Em 15/01/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O técnico do São Paulo, Edgardo Bauza, quer mais três reforços para o elenco em 2016. Depois de contratar o zagueiro Diego Lugano, o lateral-esquerdo Mena e o atacante Kieza, a diretoria do Tricolor tem a missão de encontrar mais um defensor, um volante e outro jogador de frente. Esse último, no caso, seria Calleri, do Boca Juniors, mas o clube paulista, nesse caso, tem a concorrência do Atlético-MG.

– É um jogador jovem, com grande proteção, adquirido por um grupo de empresários e que dentro de seis meses vai jogar em uma equipe italiana. Existe a possibilidade de contratá-lo por seis meses. Como disse a todos no primeiro dia, quero criar uma competição interna para ver quem está melhor para jogar. Não importa nome e nem idade. O melhor vai jogar – declarou Bauza.

O comandante tricolor quer também outros reforços. Em especial na defesa e no meio, além do ataque, como disse anteriormente.

– Estamos buscando um jogador por linha. Outro zagueiro central. Um volante e um atacante. Estamos em conversações, por isso não podemos falar sobre nomes. Tudo é difícil, mas quero mais três jogadores – falou o técnico.

Veja como foi a entrevista coletiva de Edgardo Bauza:

Como analisa seu início de trabalho?

– Até agora, estamos contentes com o trabalho que estamos realizando. Estamos em um processo pré competição e sabíamos que será muito duro e exigente. Os atletas estão doloridos, mas ainda não estão como ritmo adequado para iniciar o campeonato. Mas vamos chegar na hora dos jogos. Os dois testes de quinta-feira foram muito bons e entraremos na última etapa agora.

Já tem time titular?

– Não tenho condições de falar sobre uma possível escalação hoje, já que estou fazendo muitas alterações nos treinos e conhecendo todos os jogadores. Seria imprudente da minha parte.

O elenco ainda precisa de reforços?

– O que estamos trabalhando na equipe é um funcionamento coletivo, que a equipe tenha mais equilíbrio. No campeonato que terminou, na minha opinião, foram muitos gols tomados. Temos que baixar isso e muito. Estou buscando um time mais compactado, o equilíbrio entre defesa e ataque, que seja um rival complicado para os adversários.

Qual a sua avaliação de Ganso? Ele pode ser vendido?

– Jogador de muita qualidade, mas, se aparecer uma equipe que pague o que vale Ganso, seria injusto da minha parte segurá-lo. Mas não acredito que exista uma equipe capaz de pagar o que ele vale.

Alguém da base pode subir?

– Em todas as equipes que trabalhei, trabalhei com juvenis e também vamos fazer isso aqui. Já assisti a três partidas da sub-20, vou continuar assistindo e, quando pudermos, vamos trazer jogadores para trabalhar com o restante da equipe. Vamos subir de quatro a cinco jogadores para ver quais poderão ser incorporados. Preciso aumentar a quantidade de jogadores no elenco.

Importância de Lugano

– Todos sabemos de sua ingerência na equipe, do que pode acrescentar. Quando tive a oportunidade de conversar com ele no Uruguai, me interessava saber como estava ele, qual era a intenção dele. Depois de três horas de uma conversa, percebi que ele estava com muita gana, com muito desejo de vir a São Paulo, de ser campeão. Me deixou muito contente. Todos os técnicos necessitamos que nossa palavra tenha continuidade dentro de campo. E Lugano é um dos líderes positivos do plantel, fará a equipe crescer.

Pode armar o time em função de Ganso e fazê-lo crescer?

– Todos que estamos aqui não podemos duvidar da condição de Ganso. Ele tem de jogar na seleção de novo, vai depender apenas dele. Da minha parte, posso prometer o máximo de exigência para que ele ajude a equipe a resolver situações de jogo. É um desafio entre vários que teremos pela frente. Quero colocá-lo bem de cabeça.

Para quais posições precisa de reforços?

– Estamos buscando um jogador por linha. Outro zagueiro central. Um volante e um atacante. Estamos em conversações, por isso não podemos falar sobre nomes. Tudo é difícil, mas quero mais três jogadores.

Comunicação

– Estamos melhorando. Até agora, não tenho encontrado problemas. Quando necessário, tenho uma pessoa que me ajuda. Vamos seguir evoluindo para que a comunicação flua melhor.

Desafio no Brasil
– Desafio é chegar no São Paulo e poder estar no mesmo nível dos treinadores que fazem sucesso no futebol brasileiro. Depois, em relação ao trabalho em campo, já que tenho muito claro o que preciso fazer. Tenho amigos brasileiros, passei férias aqui já e por isso sei um pouco da característica do brasileiro. Tenho que procurar me adaptar o mais rápido possível.

Acertar uma defesa

– Uma equipe que não sabe defender não pode ser campeã. Isso não quer dizer que os 11 devem estar dentro da área. A ideia é tratar que a equipe não perca todo o poder ofensivo, mas não tome tantos gols como tomou no ano passado. No Brasileiro, foram 47 gols sofridos. Defender não depende do arqueiro ou dos zagueiros, depende dos 11. Quero uma equipe que possa competir.

Fonte:GE