NEGÓCIOS

Bayer adquire Monsanto após aumentar oferta para US$66 bilhões.

O negócio é o maior do ano até agora e a maior oferta em dinheiro já registrada.

Em 14/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

NOVA YORK/FRANKFURT - A companhia de produtos químicos e de saúde Bayer adquiriu a companhia de sementes norte-americana Monsanto com uma oferta de 66 bilhões de dólares, terminando uma disputa de meses após aumentar sua oferta pela terceira vez.

O negócio de 128 dólares por ação, acima da oferta anterior da Bayer, de 127,50 dólares por ação, é o maior do ano até agora e a maior oferta em dinheiro já registrada.

O acordo criará uma empresa que dominará mais de um quarto do mercado mundial combinado para sementes e pesticidas em uma rápida consolidação da indústria de insumos agrícolas.

Os riscos

No entanto, os órgãos antitruste poderão examinar o negócio minuciosamente, e alguns dos próprios acionistas da Bayer têm sido altamente críticos sobre a aquisição, apontando riscos sobre o alto pagamento e uma possível negligência sobre o negócio farmacêutico da empresa.

A transação inclui o pagamento de uma multa de 2 bilhões de dólares a ser paga pela Bayer à Monsanto caso não haja autorizações regulatórias. A Bayer espera que o acordo seja concluído até o fim de 2017.

Os detalhes confirmaram o que uma fonte próxima ao assunto disse à Reuters anteriormente.

As autorizações regulatórias

A consultoria Bernstein Research afirmou nesta terça-feira (13) que vê apenas uma chance de 50 por cento do negócio conseguir autorizações regulatórias, embora tenham citado uma pesquisa entre com investidores que apontou a probabilidade de 70 por cento, em média.

"Acreditamos que há políticas contrárias à realização desse negócio que vão desde a insatisfação de fazendeiros com todos os seus fornecedores consolidando em face de baixos rendimentos líquidos agrícolas à insatisfação com a Monsanto deixando os Estados Unidos, que poderia fornecer atrasos e complicações significativas", disseram em uma nota.

Por Greg Roumeliotis e Ludwig Burger/Reuters