ECONOMIA INTERNACIONAL

Bolsa de Tóquio cai, pressionada por ações do setor financeiro.

O Nikkei, que reúne as ações mais negociadas na capital do Japão, caiu 1,31%, a 16.465,40 pontos.

Em 28/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Bolsa de Tóquio fechou em baixa significativa nesta quarta-feira, pressionada por ações do setor financeiro, uma vez que uma recente tendência de alta nos juros dos bônus do governo japonês (JGBs) chegou ao fim, reacendendo preocupações com a rentabilidade de bancos e seguradoras.

O Nikkei, que reúne as ações mais negociadas na capital do Japão, caiu 1,31%, a 16.465,40 pontos, apagando o ganho de 0,84% do pregão anterior.

Nas últimas semanas, o rendimento dos JGBs vinha tendendo a subir, em meio à especulação de que o banco central japonês (BoJ) iria diminuir as compras de papéis mais longos da dívida do governo para ajudar os bancos a melhorar suas margens.

O juro dos JGBs, porém, voltou a cair diante de temores com a saúde dos bancos europeus, em especial do Deutsche Bank, que vem estimulando a demanda por ativos considerados mais seguros, como os bônus do governo japonês. O retorno do JGB de 20 anos, por exemplo, diminuiu 0,030 ponto porcentual hoje, a 0,350%, enquanto o do JGB de 10 anos recuou 0,010 ponto porcentual, a -0,090%, atingindo o menor nível desde 24 de agosto.

Destaques

Destacaram-se em baixa em Tóquio o Sumitomo Mitsui Financial Group (-4,1%) e a seguradora Dai-ichi Life Insurance (-2,5%).

O volume reduzido de negócios no mercado japonês também afetou corretoras, como a Nomura Holdings (-3,7%). Segundo Mitsushige Akino, gerente de fundos da Ichiyoshi Asset Management, incertezas sobre o resultado da corrida presidencial nos EUA estão levando muitos investidores no Japão a evitarem fazer negócios mais agressivos.

Já a petrolífera Inpex recuou 1,5%, em meio à avaliação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não conseguirá chegar a um acordo para limitar a produção da commodity durante encontro informal previsto hoje na Argélia. Fonte: Dow Jones Newswires.