NEGÓCIOS

Bolsa de Xangai volta a recuar e fecha em queda de quase 7%.

Injeção de liquidez do BC chinês não acalmou os mercados.

Em 26/01/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Bolsa de Xangai encerrou a sessão de terça-feira (26) em forte queda de 6,42%, em consequência das vendas em massa de ações, em um clima de pânico geral, provocado por nova queda nos mercados acionários globais e nos preços do petróleo.

O desempenho dos índices foi negativo mesmo diante das novas injeções de liquidez do Banco Central.

O índice composto de Xangai perdeu 6,42%, ou 188,72 pontos, a 2.749,79 unidades.

Na Bolsa de Shenzhen, segundo mercado financeiro da China continental, o índice teve perda ainda mais expressiva: 7,12%.

Mais cedo, o Banco Central da China (PBOC) injetou 440 bilhões de yuanes (US$ 67 bilhões) no sistema financeiro para responder à crescente necessidade de liquidez antes das festas do Ano Novo lunar.

Bolsas europeias
As bolsas europeias também abriram em queda nesta terça. O índice português PSI20 recuava 0,2%, mas é um dos que menos caíam na Europa, que segue a tendência negativa do preço do petróleo e dos mercados asiáticos.

O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa de 1,28%, aos 9.611,84 pontos.

O índice da Bolsa de Valores de Milão, FTSE MIB, começou em queda de 1,52%, aos 18.358,92 pontos.

Já o índice geral, o FTSE Italia All-Share, caía 1,45% na abertura do pregão, para 20.012,77 pontos.

O índice seletivo CAC-40 da Bolsa de Valores de Paris abriu nesta terça-feira em baixa de 1,6%, aos 4.242,14 pontos.

O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, recuava 1,41%, aos 5.793,93

Relativa estabilidade
Até hoje, as bolsas chinesas estavam vivendo um período de relativa estabilidade depois da crise do início do mês, quando os pregões do país estremeceram o mundo com perdas superiores a todo o ganho de 2015.

A demanda de dinheiro aumenta no país um pouco antes do Ano Novo chinês (o ano do macaco terá início em fevereiro). Neste período, as empresas pagam aos funcionários os salários e bônus anuais e os chineses aumentam as compras.

A Bolsa de Shenzhen, a segunda em importância do país, também viveu um dia similar e o índice de referência SZSE Component chegou a acumular perdas de 6,96% (708,98 pontos), fechando em 9.483,55.

A China tentou então de aplacar as perdas com um novo mecanismo de "circuit braker" do mercado que estreou neste mês de janeiro e que dias depois foi suspenso por provocar o efeito contrário ao desejado.

A Bolsa de Tóquio também encerrou a sessão de terça-feira em baixa de 2,35%. O índice Nikkei perdeu 402,01 pontos, a 16.708,90 unidades.

Fonte: AFP