ECONOMIA INTERNACIONAL

Bolsas chinesas sobem com corte de compulsórios e ajuste para cima do yuan.

Os PMIs fracos reforçam preocupações sobre a desaceleração econômica da China.

Em 01/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As bolsas chinesas fecharam em alta nesta terça-feira (1º), apagando parte das perdas da sessão anterior, em reação a decisões de Pequim de voltar a cortar os compulsórios bancários e de fortalecer o yuan por meio da taxa de paridade, e apesar de novos dados mostrarem fraqueza na atividade econômica da China.

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, subiu 1,7% hoje, a 2.733,17 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve alta ainda mais expressiva, de 2,3%, a 1.681,47 pontos.

Ontem, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou uma nova redução nos compulsórios bancários, de 0,50 ponto porcentual, liberando bilhões de yuans em liquidez para que bancos comerciais os repassem na forma de empréstimos. A iniciativa pegou alguns analistas de surpresa, uma vez que o PBoC já vinha injetando liquidez no sistema bancário por meio de operações diárias no mercado aberto.

Além disso, o PBoC orientou hoje o yuan para cima em relação ao dólar, por meio da chamada taxa de paridade, depois de enfraquecer a moeda chinesa por cinco sessões consecutivas.

O gesto veio após o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, garantir ao Secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, que não há motivo para a desvalorização de longo prazo do yuan, numa sinalização de que Pequim está comprometido com a estabilidade cambial. No fim da semana passada, o presidente do PBoC, Zhou Xiaochuan, fez declaração semelhante sobre o yuan.

Embora as bolsas chinesas tenham encerrando o dia em tom positivo, o pregão foi marcado por volatilidade, após a divulgação de uma nova série de indicadores fracos da atividade econômica da China.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria chinesa recuou para 49,0 em fevereiro, de 49,4 em janeiro, com a leitura abaixo de 50,0 indicando que a atividade manufatureira da segunda maior economia do mundo se mantém em contração. Uma pesquisa semelhante, da Markit Economics e da Caixin, mostrou o PMI industrial da China caindo a 48,0 em fevereiro, de 48,4 no mês anterior. Já o PMI de serviços oficial do país se manteve acima de 50,0, ou em território de expansão, mas diminuiu para 52,7 em fevereiro, de 53,5 em janeiro.

Os PMIs fracos reforçam preocupações sobre a desaceleração econômica da China, que em 2015 cresceu no menor ritmo em 25 anos, mas também alimentam expectativas de que Pequim continuará adotando medidas de estímulo monetário e fiscal. 

Dow Jones Newswires.