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Bolsonaro espera que identifiquem mandante do crime de Marielle

O mais importante é saber quem mandou matar a vereadora, afirmou o presidente.

Em 12/03/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (12) que espera que as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Pedro Gomes identifiquem quem mandou matar a parlamentar. A afirmação ocorreu após declaração à imprensa ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, no Palácio do Planalto.

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“Espero realmente que a apuração tenha chegado de fato a esses [dois presos], se é que foram os executores, e o mais importante quem mandou matar”, afirmou o presidente, respondendo à pergunta de um jornalista.

Em uma operação conjunta, o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam nas primeiras horas de hoje Ronnie Lessa, sargento da Polícia Militar da reserva, e Elcio Vieira, ex-policial militar.

O presidente Jair Bolsonaro recebe o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, no Palácio do Planalto, em Brasília.

O presidente Jair Bolsonaro recebe o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, no Palácio do Planalto, em Brasília. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Segundo Bolsonaro, passou a conhecer a vereadora após seu assassinato. “Eu conheci a Marielle depois que ela foi assassinada. Não conhecia ela apesar de ela ser vereadora lá com o meu filho no Rio de Janeiro. E também estou interessado em saber quem mandou me matar”, disse.

Em setembro de 2018, o presidente foi alvo de um atentado em que teve o abdômen perfurado por uma faca enquanto participava de um ato de campanha, em Juiz de Fora (MG). Em decorrência da agressão, teve de fazer três cirurgias.

Investigações

Após a cerimônia no Planalto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que o governo federal tem contribuído com a apuração do assassinato de Marielle por meio da investigação da Polícia Federal, com um grupo criado pelo então ministro de Segurança Pùblica, Raul Jungmann.

“É um grupo da Polícia Federal investigando a tentativa de obstrução e manipulação dessa investigação no passado. Certamente, essa investigação da Polícia Federal contribuiu bastante e está contribuindo para que se chegue a um melhor resultado investigatório nesse caso, um grave assassinato da senhora Marielle Franco e do senhor Anderson Gomes. É um crime que tem que ser investigado por completo e os responsáveis levados à Justiça”, afirmou Moro.

MAIS NOTÍCIAS

Presos no caso Marielle podem fazer delação, diz governador Witzel

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse hoje (12) que Ronnie Lessa e Elcio Vieira podem fazer delação premiada. Os dois foram presos acusados de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.

“Estes que foram presos hoje certamente poderão pensar em uma delação premiada. Isto faz parte da investigação com os avanços surpreendentes da Lava Jato, utilizando estas técnicas de investigação”, ressaltou.

Segundo Witzel, a Polícia Civil utilizou métodos criados pela Operação Lava-Jato para poder chegar aos dois presos de hoje.

O governador Wilson Witzel toma posse na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) .

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, participa de entrevista coletiva sobre o caso Marielle Franco. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

“A Lava-Jato tem sido um exemplo. A investigação tem de ser fragmentada para que resultados apareçam. Tenho certeza de que nós avançamos muito e vamos avançar mais ainda”, disse o governador durante a entrevista coletiva no Palácio Guanabara.

Lessa e Vieira foram presos nas primeiras horas da manhã. Ambos são suspeitos de serem os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e Anderson Pedro Gomes, em 14 de março, no centro do Rio.

O carro em que estava Marielle e Anderson foi atingido por 13 tiros. A vereadora foi morta com tiros na cabeça e o motorista foi alvejado pelas costas. Uma testemunha, que trabalhava com Marielle, sobreviveu ao ataque. Agência Brasil

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