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Bombardeio houthi no Iêmen deixa 43 mortos, diz governo exilado.

Os combatentes locais em Áden vêm sendo apoiados pelos ataques aéreos da coalizão.

Em 19/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

ÁDEN - Um bombardeio de milicianos houthis e de forças leais ao ex-presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, na cidade de

Áden matou 43 pessoas e deixou 173 feridas neste domingo, informou o Ministério da Saúde do governo no exílio do Iêmen, dois dias após declarar que a cidade tinha sido libertada.

Os combates continuavam nos distritos de Dar al-Saad e Sabr, no norte da cidade, e no distrito de Maashiq em Crater, enquanto combatentes locais apoiados pelo governo exilado na Arábia Saudita e por uma coalizão encabeçada por sauditas se empenhavam em retomar as partes restantes de Áden.

Os combatentes e os efetivos do Exército iemenita leais ao presidente exilado, Abd-Rabbu Mansour Hadi, tomaram o aeroporto de Áden e outras áreas centrais em um avanço repentino na semana passada, que pôs fim a meses de impasse na localidade.

O avanço foi auxiliado pelo esforço de países do Golfo Pérsico em treinar e equipar as forças do Exército fiéis a Hadi e transportá-las a Áden, a segunda maior cidade do Iêmen e sede de seu principal aeroporto.

Os combatentes locais em Áden vêm sendo apoiados pelos ataques aéreos da coalizão há quase quatro meses, mas com frequência hasteiam a bandeira de um movimento separatista do sul do Iêmen ao invés de declarar lealdade ao governo exilado de Hadi.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita começou sua campanha em 26 de março, acreditando poder reverter meses de avanços dos houthis depois que o grupo partiu de seu bastião no norte do país no ano passado, capturando a capital Sanaa e abrindo caminho pelo sul rumo a Áden.

Riad teme que o Irã, seu principal inimigo, use a aliança com os houthis para projetar sua influência na vizinhança sul do reino, ameaçando a fronteira saudita mais adiante.

O governo sunita de Riad também acredita que o avanço dos xiitas houthis irá agravar a violência sectária no Iêmen, minando ainda mais a estabilidade da nação e permitindo que grupos jihadistas como o Al Qaeda se consolidem ali antes de atacarem a Arábia Saudita.

Reuters