ECONOMIA NACIONAL

Brasil e EUA debatem Tratado de Cooperação Econômica e Comercial.

III Reunião do Acordo de Cooperação Econômica e Comercial.

Em 31/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A 3ª Reunião do Tratado de Cooperação Econômica e Comercial (Atec) foi realizada nos dias 29 e 30 de março, em Washington, nos Estados Unidos. O encontro garantiu espaço para os dois países tratarem dos principais temas da agenda atual e dos desafios futuros nas relações econômicas e comerciais Brasil-EUA, destaca o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Atendendo ao compromisso alcançado pelo presidente Barack Obama e pela presidenta Dilma Rousseff no sentido de "incrementar esforços para expandir o comércio e os investimentos, bem como aumentar a competitividade e a diversidade de nossas duas economias", esta foi a primeira reunião  realizada em nível ministerial, reunindo as mais altas autoridades encarregadas de comércio nos Estados Unidos, o representante de Comércio Michael Froman, e pelo Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Armando Monteiro.

Durante a sessão ministerial, realizada nesta quarta-feira (30), os ministros mantiveram discussões aprofundadas sobre as respectivas abordagens do Brasil e dos EUA em matéria de negociações de comércio e investimentos, o que propiciou oportunidade para troca de informações e de identificação de pontos de convergência.

À luz da bem sucedida conclusão da Conferência Ministerial da OMC em Nairóbi, no último mês de dezembro, os três ministros também se engajaram em uma produtiva discussão sobre a implementação da Declaração de Nairóbi e compartilharam ideias sobre a próxima reunião ministerial da OMC.

Durante a sessão técnica, realizada no dia 29, autoridades dos dois lados discutiram amplo conjunto de temas de comércio e investimento, incluindo cooperação em foros multilaterais; estratégias para expandir investimentos em manufaturas; biotecnologia agrícola; cooperação regulatória; bem como preocupações específicas de acesso a mercados em ambos os lados.

Ao fim da reunião, o ministro Armando Monteiro realçou o reconhecimento, pelos dois países, dos grandes avanços feitos no último ano para ampliar as relações comerciais: “Nossa agenda, estabelecida a partir do início de 2015, foi focada em remover barreiras não-tarifárias, e evoluiu significativamente com acordos na área de convergência regulatória, facilitação de comércio e propriedade intelectual, temas essenciais para o comércio bilateral, majoritariamente composto por produtos industrializados. Foi uma renovação do comprometimento com a nossa parceria e a evolução constante das nossas relações de comércio e investimentos”.

O ministro Mauro Vieira destacou a importância do mercado norte-americano para as exportações brasileiras, em particular de bens manufaturados, o que "demonstra claramente a competitividade da indústria brasileira e a integração das cadeias de valor entre nossos dois países".

Bens industriais corresponderam a mais de 60% das exportações brasileiras para os EUA em 2015 – um claro avanço com relação aos 53% observados em 2014. O ministro ressaltou ainda que "não obstante a importância de nossas exportações tradicionais de produtos agropecuários para os EUA – as quais certamente esperamos ver aumentadas significativamente, com mais exportação de carnes, açúcar e frutas, por exemplo – os três principais produtos de exportação do Brasil para os Estados Unidos são, respectivamente, máquinas, aeronaves e produtos de ferro e aço".

Os EUA são o segundo principal parceiro comercial do Brasil. O intercâmbio bilateral total, somando-se bens e serviços, chegou próximo a US$ 100 bilhões em 2015. Os norte-americanos são o principal investidor estrangeiro direto no Brasil, com um estoque acumulado de investimentos da ordem de US$ 110 bilhões, segundo dados do Banco Central do Brasil. O Brasil investiu US$ 1,9 bilhão nos Estados Unidos em 2015, elevando o estoque acumulado de investimento direto no país a mais de US$ 13 bilhões.

Fonte: Mdic