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Buscas por desaparecidos prosseguem após tragédia da mineradora Samarco.

Além de arrasar com tudo em seu caminho, a onda de lama causou um "enorme dano ambiental".

Em 08/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Equipes de resgate prosseguem com a busca por desaparecidos sob a avalanche de lama e de resíduos de minérios que devastou o distrito de Bento Rodrigues, Minas Gerais, tragédia que segundo o balanço atualizado deixou pelo menos dois mortos e 28 feridos.

Centenas de bombeiros, militares e membros da Defesa Civil buscavam sobreviventes no mar de lama que cobriu os arredores da cidade mineira de Mariana, sobretudo no distrito de Bento Rodrigues, devastado pelo barro que invadiu o local após o rompimento das barragens de contenção em dois depósitos de resíduos da mineradora Samarco.

O balanço de mortos e desaparecidos é preliminar e as informações das autoridades são contraditórias.

No sábado, o prefeito de Mariana, Duarte Gonçalves Júnior, informou à AFP que o balanço oficial é de dois mortos e 28 pessoas desaparecidas, trabalhadores da mineradora. São 13 funcionários da empresa e 15 moradores da região.

"Foi encontrado o corpo de uma pessoa no rio Doce", a 100 km da cidade de Mariana, disse uma fonte dos bombeiros de Minas Gerais.

Gonçalves Júnior explicou que as buscas seriam suspensas à noite "porque é um lugar de muito difícil acesso e muito risco".

"Que os desaparecidos estejam com vida é difícil, mas temos esperanças, porque ainda estamos dentro do limite que o corpo humano poderia suportar", acrescentou.

O acidente aconteceu na tarde de quinta-feira, com o rompimento de uma barragem de um depósito com 55 milhões de metros cúbicos de resíduos do processo de extração de minério de ferro. Pouco depois, outro depósito de 7 milhões de m³ de água cedeu e toda esta mistura avançou rapidamente cerca de dois quilômetros para alcançar Bento Rodrigues, de 620 habitantes e que fica a 23 km de Mariana, a cidade mais próxima.

Na quinta-feira, cerca de 500 pessoas já haviam sido resgatadas com vida neste distrito. Depois de limpar a lama e os resíduos de mineração, foram conduzidos a abrigos em Mariana.

Além de arrasar com tudo em seu caminho, a onda de lama causou um "enorme dano ambiental", segundo um dos investigadores da promotoria do estado de Minas Gerais.