Camelôs protestam pelo 3º dia contra ação da prefeitura.

Os manifestantes colocaram fogo em pneus e fecharam a avenida por volta das 8h30. Por volta das 10h30, o trânsito começou a ser liberado.

"Nós estamos três dias sem trabalhar. A prefeitura tirou a gente daqui e não conversou com a gente até agora. Então, vamos protestar até sermos ouvidos", disse o presidente da Associação de Camelôs Anderson Keller.

Segundo Anderson, uma reunião foi marcada com a Prefeitura da Serra às 13h desta quinta-feira. "Nós vamos deixar o local do protesto e seguir caminhando até a prefeitura onde acontece a reunião", afirmou o presidente da associação.

O secretário de Desenvolvimento Urbano da Serra, Tarcísio Bahia Andrade, explicou que a saída dos ambulantes aconteceu por conta de uma reclamação de comerciantes e empresários, além de liberar a circulação de pessoas.

"Nesse local, não tinha nenhum ambulante licenciado. Para organizar o espaço público, o ambulante precisa ser regularizado, até mesmo porque existe um comércio formal e tem que ser compatível com o espaço. Daqueles que estavam lá poucos tinham a licença, que venceu em 2012 e não foi renovada", explicou.

Segundo Andrade, em abril, os ambulantes foram notificados para deixaram a avenida Central. "Do jeito que estava não dava nem para ficar na calçada. Estava tudo irregular. Na terça-feira, fizemos uma ação de tirar as barracas que ficam 24 horas. Elas já não podem ficar no lugar esse tempo todo nem se fosse regular", completou.

Sobre um novo lugar para os ambulantes que se regularizarem, Andrade confirmou a reunião que vai acontecer nesta quinta-feira. "Vamos fazer uma proposta de um outro local para eles trabalharem para não ter concorrência com o comércio local", disse.

O protesto desta quinta-feira é o terceiro após os ambulantes terem sido retirados da avenida Central. Na terça-feira, eles colocaram fogo em pneus e fecharam as vias.

“Se a gente não puser trabalhar dessa forma, com o desemprego que tem, a gente vai viver de que? Roubar? Porque, se roubar, a gente vai presa. temos família para sustentar, temos que pagar água, pagar luz, pagar aluguel”, disse uma vendedora ambulante.

Na quarta-feira (31), os manifestantes também se reuniram na avenida Central e pediram uma resposta da prefeitura.