CULTURA

Capixaba expõe trabalhos no Peru.

Ângela Gomes participa do Salão Internacional de Arte Naif, que acontece em Lima.

Em 05/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Convidada de honra do honra do Salão Internacional de Arte Naif, que acontece em Lima, no Peru, a pintora Ângela Gomes participa da mostra com duas obras inéditas: uma em homenagem ao Espírito Santo e outra em homenagem ao Rio de Janeiro. A mostra ficará em cartaz até o dia 08 de julho, na Mansión Eiffel Galería de Arte.

Além da capixaba, outros 13 artistas de países como Grécia, Espanha, Peri e Argentina participam da mostra. “É uma enorme alegria ser uma das representantes do Brasil nesta exposição que reúne tantos talentos”, declara Ângela Gomes, que é a maior referência Naïf no Espírito Santo.

O trabalho da artista, inclusive, ganhou destaque no La República, o periódico mais importante de Lima.

Sobre a artista

Natural de Cachoeiro de Itapemirim, Ângela ainda era pequena e foi brincar no quintal da casa, após uma longa noite de tempestade. O vento espalhara a areia e foi sobre ela, usando um palito de picolé, que começou a dar os seus primeiros traços artísticos: desenhou um carro (fusca) que estava estacionado em frente a casa.

Vivia sempre com lápis de cores, desenhando para a turma da classe estudantil; adorava fazer montagens e colagens com recortes de revistas, estampava tecidos, tudo de forma natural e intuitiva.  Sua primeira pintura a óleo sobre tela foi por encomenda de sua tia Sônia Rosalém, aos nove anos de idade. Despontava para o Naif, quando entrou num curso para aprender a técnica de pintar e o conhecimento do material a ser usado. Produziu várias telas e as guardou junto com o sonho e o desejo artístico.

Autodidata, em 1981 Ângela Gomes realizou a sua primeira exposição individual. Nenhum convidado compareceu, apenas ela e o fotógrafo contratado. Mas o que era para ser motivo de desistência transformou-se em incentivo até se definir por volta de 1987 pela pintura Naïf, após rápida convivência com Raquel Galena, pintora do gênero, no Embu das Artes em São Paulo.

Hoje, a artista é referência na arte Naïf no Espírito Santo e sua fascinação são as paisagens regionais e cenas que expressam a arte e a tradição popular – o povo, seus usos e costumes, onde busca, junto às comunidades, elementos para abastecer seu universo iconográfico, através de suas pesquisas. Já expôs sua arte em lugares como o Salão de Arte da cidade de Porto, em Portugal; o Museu de Arte Contemporânea de Campinas e o Museu Internacional de Arte Naif, no Rio de Janeiro.