ESPORTE INTERNACIONAL

Catar pode ser campeão asiático e sul-americano em 2019

O Catar vai sediar a próxima Copa do Mundo, em 2022.

Em 11/06/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

EPA/Noushad Thekkayil

O Catar vai sediar a próxima Copa do Mundo, em 2022. E mais estranho do que imaginar os estádios que estão sendo construídos no deserto, é ver o nome dos asiáticos entre os participantes da Copa América deste ano, que será disputada a partir da semana que vem no Brasil.

Isso porque o Catar é um dos convidados desta edição, algo que não é incomum no torneio. O país será a nona seleção não sul-americana a participar da Copa América na história. Anteriormente, México, Costa Rica, Estados Unidos, Honduras, Panamá, Japão, Jamaica e Haiti já participaram do torneio - os japoneses já haviam participado em 1999 e também estarão presente em 2019.

Atual campeã asiática, com apenas um gol sofrido na competição, a seleção catariana quer surpreender os sul-americanos. Para isso, aposta novamente na juventude: 11 atletas com até 23 anos foram convocados para a Copa América, repetindo a estratégia na campanha vencedora Copa da Ásia.

O Catar está no grupo B, ao lado de Argentina, Colômbia e Paraguai. Os asiáticos estreiam na competição contra o Paraguai, no dia 16 de junho, no Maracanã. Três dias depois o adversário será a Colômbia, no Morumbi. O último confronto da primeira fase é diante da Argentina, no dia 23, na Arena do Grêmio.

O time, dirigido pelo espanhol Félix Sánchez, marcou 19 gols em sete jogos na última edição da Copa da Ásia. O destaque individual no torneio foi o atacante Almoez Ali, que marcou nove gols em sete jogos e foi o artilheiro da competição. O jogador de 22 anos nasceu no Sudão, mas possui dupla nacionalidade e atua pelo Catar.

Na defesa, outro “estrangeiro”: o lateral-direito português naturalizado Pedro Correia, que teve passagem pela base do Benfica e que atua no país desde 2010, é outro que faz parte do grupo que veio ao Brasil para a Copa América.

Talvez você não se lembre, mas um brasileiro já vestiu a camisa do Catar. Em 2008, Emerson Sheik, apelido que ganhou quando jogava no país, se naturalizou e foi convocado jogou as Eliminatórias para a Copa de 2010 pela seleção local. Isso enterrou, inclusive, qualquer chance de convocação da seleção brasileira, onde chegou a jogar nas categorias de base.

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O atacante foi revelado pelo São Paulo em 2000. Em 2004, foi para o futebol japonês. De lá, seguiu para o Al-Saad, do Catar, e o Rennes, da França. Voltou ao Brasil em 2010, quando atuou pelo Fluminense, mas foi em 2011, pelo Corinthians, que Sheik se destacou, sendo campeão mundial, herói da inédita Libertadores e campeão brasileiro.

Sem poder contar com Emerson Sheik, já aposentado dos gramados, o Catar encarou o Brasil na última quarta-feira (5), no Mané Garrincha, em amistoso preparatório para a Copa América. Apesar da derrota de dois a zero, a equipe se portou bem contra os brasileiros e conseguiu segurar o ímpeto ofensivo da seleção canarinho. No fim do jogo, ainda teve a chance de diminuir o placar, mas Khoukhi desperdiçou a cobrança de pênalti, acertando o travessão.

Se conquistar o improvável título da Copa América, o Catar chegará a uma marca curiosa em 2019: pode se tornar campeão asiático e sul-americano na mesma temporada.