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Chanceler sul-coreano diz que estátua de mulher de conforto é inapropriada.

Monumento homenageia sul-coreanas que foram feitas escravas sexuais pelo Japão imperialista.

Em 13/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Yun Byung-se, afirmou nesta sexta-feira (13) que é "inapropriado" colocar em frente ao consulado japonês em Busan uma estátua de uma menina simbolizando as "mulheres de conforto" (sul-coreanas que foram vítimas de escravidão sexual durante a ocupação japonesa no país).

"A questão de uma estátua de menina em Busan é infeliz", disse o ministro de Relações Exteriores ao Parlamento, referindo-se à estátua na cidade de Busan.

A estátua gerou grave incidente diplomático entre os países, reacendendo uma disputa que remonta à Segunda Guerra Mundial. O Japão chamou seu embaixador para consultas há uma semana e, no domingo, e o primeiro-ministro Shinzo Abe pediu que a Coreia do Sul retirasse o monumento.

A Coreia do Sul foi ocupada pelo Japão entre 1910 e 1945, e mulheres sul-coreanas que foram escravizadas por soldados japoneses ficaram conhecidas como "mulheres de conforto". Tóquio só se desculpou em 2007, e um acordo para indenizar vítimas foi firmado em 2015. O Japão argumenta que a estátua viola o acordo bilateral de 2015, destinado a acabar com a disputa.

Seul considera que o Japão não se arrependeu o bastante pelos crimes cometidos por seus soldados durante a expansão colonialista do arquipélago na região.

A estátua chegou a ser retirada do local por ativistas coreanos, mas foi recolocada por autoridades locais no fim do ano passado, após a polêmica em torno da visita da ministra da Defesa do Japão ao santuário de Yasukuni, em Tóquio.

Yasukuni homenageia os 2,5 milhões de soldados japoneses mortos desde a metade do século XIX e traz os nomes de 14 criminosos de guerra condenados pelos aliados após a Segunda Guerra Mundial. Cada visita ao satuário reaviva a polêmica com os sul-coreanos.

Fonte: Reuters