NEGÓCIOS

China amplia compra de rochas brasileiras.

As vendas para os Estados Unidos caíram 7% por conta da oscilação do dólar.

Em 28/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Uma movimentação atípica ocorreu nos primeiros meses deste ano nas exportações de rochas ornamentais do Espírito Santo: as vendas para a China, que tiveram quedas significativas em 2015, aumentaram em quase 20%; enquanto que as operações para os Estados Unidos, maior comprador de chapas do Brasil, reduziram em 7%.

O aquecimento na China foi comprovado durante a última edição da Xiamen Stone Fair, maior feira do setor de rochas ornamentais, realizada neste mês no país asiático. “Os empresários voltaram muito satisfeitos de lá, com boas perspectivas de negócios”, conta a superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Olívia Tirello.

Porém, nem mesmo a atuação da China, principal comprador de blocos de granito do Brasil, sustentou um resultado positivo nas exportações capixabas de janeiro e fevereiro deste ano, que tiveram uma redução de 2,48% se comparado com o mesmo período de 2015, conforme levantamento feito pelo Centrorochas.

Tirello explicou que o dado negativo foi resultado da redução do preço da mercadoria em dólar. Em 2015, o valor médio caiu em 7,76%, se comparado com 2014, enquanto que nos dois primeiros meses deste ano, esse percentual atingiu uma queda de 14,27%, se comparado com ano passado.

“Vivemos um momento de insegurança e incerteza política, que se reflete de forma negativa no cenário econômico. Acompanhamos diariamente a oscilação do real frente ao dólar. É um momento de cautela, e utilizar a redução de preços de materiais em dólar como ferramenta de negociação comercial pode, em um futuro, representar estratégia equivocada e refletir na saúde financeira/econômica das empresas”, alerta a superintendente.

O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo é o mais forte do Brasil, representando 81% de toda a exportação realizada pelo país. Em chapas de granito, esse percentual salta para 93%, e de mármores para 96%. “É um segmento consolidado e que está desenvolvendo um trabalho muito importante no exterior. Ano passado foi um ano que teve um resultado expressivo, e acredito que irá se repetir em 2016, mesmo com as adversidades do mercado interno”, reforça Tirello.

Fonte: C2 Comunicação