ECONOMIA INTERNACIONAL

China aumenta fiscalização sobre compras de moeda estrangeira.

O anúncio foi feito pela Administração Estatal de Câmbio neste sábado (31)

Em 31/12/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

XANGAI - O órgão regulador do mercado de câmbio chinês informou que, a partir de 1º de janeiro de 2017, intensificará a fiscalização sobre compras individuais de moeda estrangeira e aumentará a punição para operações ilegais de câmbio, embora a cota anual de 50 mil dólares permanecerá inalterada.

O anúncio feito pela Administração Estatal de Câmbio neste sábado (31) ocorre em meio a preocupações de que o iuan, que caiu quase 7 por cento em relação ao dólar em 2016, poderá enfrentar nova pressão no novo ano já que os compradores de moeda estrangeira começam 2017 com uma nova cota anual de 50 mil dólares.

A partir de 1º de janeiro, as pessoas físicas chinesas que quiserem comprar moedas estrangeiras nos bancos devem primeiro preencher um formulário especificando o propósito da compra, entre outras informações. O órgão regulador examinará essas informações com mais rigor e frequência, de acordo com uma declaração no site da agência.

Anteriormente, o sistema da China para compras no mercado de câmbio deixava lacunas que facilitavam transferências ilegais de dinheiro e lavagem de dinheiro, segundo os reguladores. Por exemplo, alguns indivíduos exploraram brechas da agência reguladora para comprar propriedades e fazer outros investimentos com contas de empresa, usando o dinheiro trocado em contas correntes, de acordo com a agência.

"Tais transações interrompem a ordem normal do mercado, e destróem os interesses daqueles compradores de moeda estrangeira que cumprem as regras", disse a agência reguladora.

As pessoas flagradas quebrando as regras serão colocados em uma "lista de observação", e restringidas ou proibidas de comprar moedas estrangeiras "por um determinado período de tempo", e o registro será transferido para suas pontuações no sistema de crédito pessoal.

Por Samuel Shen e Engen Tham/Reuters