ESPORTE INTERNACIONAL

China salva seis match points, bate a Holanda por 3 a 2

Jogo emocionante garante a seleção brasileira na briga por um lugar na final.

Em 04/08/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Fase Final do Grand Prix teve três seleções em quadra em um único jogo, nesta sexta-feira, em Nanjing, na China. Com uma derrota e uma vitória na etapa, o Brasil torceu muito para que a China vencesse a Holanda e, assim, garantisse sua classificação para as semifinais. Deu certo! Em um jogo emocionante, com direito a seis match points salvos, as chinesas venceram a Holanda por 3 sets a 2, com parciais de 25/22, 22/25, 25/23, 20/25 e 18/16, e permitiram que a seleção brasileira seguisse em busca do 12º título na competição.

Com a vitória da China, o Brasil terminou em segundo lugar no grupo, atrás apenas das donas da casa. A Holanda ficou em terceiro e último lugar e se despediu do torneio. Só as duas melhores seleções de cada grupo avançavam para as semifinais. Neste sábado, o time do técnico Zé Roberto Guimarães enfrenta a Sérvia, às 4h da madrugada e China encara a Itália, às 9h.

Muralha chinesa em ação

O jogo já começou mais equilibrado do que se imaginava. No segundo ponto, um rali de 56 segundos foi o cartão de visitas do duelo. Com a craque Zhu em quadra, a China começou um pouco melhor. Mas as holandesas tinham do outro lado um jovem talento, a oposta Plak, de apenas 21 anos. Com a ajuda dela e aproveitando os erros de recepção das chinesas, a Holanda chegou a vencer com quatro pontos de vantagem (15 a 11), mas a China cresceu a sua muralha, virou o jogo e garantiu a vitória parcial, com mais um bloqueio, por 25 a 23.

Daalderop desiquilibra

China já abriu três pontos no início do segundo set, mas logo teve dificudades. Depois de um bloqueio e de uma pancada de Plak, a Holanda virou o placar: 14 a 13. Além de Plak, as holandesas passaram a contar também com Daalderop, que entrou no jogo para fazer a diferença. Zhu ainda tentou evitar a derrota salvando dois sets points com uma pancada e uma largadinha em seguida, mas não adiantou. As holandesas fizeram 25 a 23 e deixaram tudo igual no placar do jogo.

No terceiro set, a China começou bem e garantiu a melhor vantagem do jogo, depois de mais um belo ataque da imparável Zhu: 8 a 3. As holandesas seguiram forçando no saque e tentaram reagir. A diferença, porém, era difícil de tirar. Além de Zhu, as chinesas também diversificaram mais os ataques, como a bola rápida na Yuan. Aos poucos, porém, a Holanda foi encostando e deu trabalho para as rivais no fim do set. Mas, com outra bola pelo meio de Yuan, a China fechou em 25 a 23.

O equilíbrio marcou o quarto set. A primeira vantagem veio depois de um rali com incríveis defesas da líbero holandesa Myrthe Schoot, seguido por mais um ponto de ataque da Plak: 8 a 6. Com seu terceiro ace no jogo, Plak conseguiu aumentar a diferença no placar. Na quadra chinesa, erros consecutivos, principalmente na recepção, facilitaram ainda mais o bom momento holandês no jogo. Inspirada, Daalderop comandou o time até fechar o set em 25 a 20 e levar a decisão para o quinto set.

China salva seis match points

A emoção foi até o fim. No início do quinto set, foi ponto lá e cá, até Liu explorar o bloqueio e conseguir abrir em 6 a 4 para as chinesas. A Holanda reagiu e conseguiu arrancar a virada, aproveitando uma recepção ruim chinesa: 11 a 10. A China parecia perdida em quadra, chegou a ficar quatro pontos atrás no placar, mas ressurgiu no momento decisivo, salvando seis match points. A vitória, que já parecia impossível, saiu por 18 a 16 e 3 sets a 2, para alegria das chinesas e do Brasil.