NEGÓCIOS

Chinesa CEFC está negociando a comprar de fatia na Rosneft

Executivos seniores em ambas as companhias estão em discussões preliminares.

Em 18/08/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Hong Kong e Pequim - A CEFC China Energy, que surgiu como um operador de petróleo e hoje é um grande conglomerado de energia, está em negociações para adquirir uma participação na petroleira estatal russa Rosneft, disseram três pessoas com conhecimento direto das discussões.

As pessoas disseram que executivos seniores em ambas as companhias estavam em discussões preliminares, embora já tenham ocorrido duas reuniões entre o presidente do conselho do CEFC, Ye Jianmin, e o presidente da Rosneft, Igor Sechin, desde julho.

Não estava imediatamente claro quanto a CEFC investiria na Rosneft, nem se o grupo chinês compraria novas ações ou ações existentes na companhia. Uma pessoa próxima à Rosneft disse que a companhia estaria aberta a vender uma participação à CEFC em seu negócio de varejo, que inclui quase 3 mil postos de abastecimento, cerca de 150 complexos de armazenamento de petróleo e mais de 1.000 tanques de gasolina.

A Rússia

A Rússia superou a Arábia Saudita como maior fornecedora de petróleo à China, e a Rosneft é de longe a maior e mais influente petroleira da Rússia, com fortes ligações ao Kremlin.

Ter acesso às reservas e capacidade de refino da Rosneft impulsionaria as ambições da CEFC de se tornar uma grande comercializadora internacional de energia e rival de tradings como a Glencore.

Solicitado a comentar sobre as negociações, um porta-voz da CEFC disse que as duas empresas assinaram um acordo de cooperação em 2 de agosto, quando Sechin visitou a sede da CEFC em Xangai. Esse acordo era de ampla cooperação em tudo, desde exploração de petróleo e gás a serviços financeiros, segundo o site da CEFC. O porta-voz não comentou se essas discussões envolviam uma compra de participação.

Um porta-voz da Rosneft disse que a companhia via a China como um parceiro estratégico e estava cooperando com um grande número de companhias chinesas, incluindo a CEFC.

Reuters / Ilya Naymushin / Reuters