POLÍTICA INTERNACIONAL

Câmara dos EUA aprova projeto para evitar paralisação

Se Orçamento não for aprovado até esta sexta-feira, funcionários podem parar.

Em 19/01/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um projeto de lei de orçamento temporário foi aprovado na Câmara dos Deputados americana na noite de quinta-feira (18), na tentativa de evitar uma paralisação do governo nesta sexta, segundo a France Presse.

A votação final a favor do projeto foi de 230-197, com 11 republicanos votando "não" e apenas cinco democratas votando "sim". O projeto de lei agora vai ao Senado para uma votação final. Ali, as perspectivas de aprovação não são claras.

O presidente Donald Trump passou esta quinta envolvido em negociações intensas para alcançar um acordo orçamentário no Congresso, impondo condições e causando confusão em seu próprio partido, na véspera da possível paralisação do governo federal.

Os legisladores têm até a meia-noite de sexta-feira para alcançar um acordo sobre o financiamento dos gastos e evitar a paralisação parcial do governo. Isso aconteceu pela última vez em 2013, quando milhares de funcionários ficaram em casa por mais de duas semanas.

"É muito possível" que o Estado federal pare na sexta-feira, disse o presidente, culpando os democratas.

Antes, ele tinha alertado que uma paralisação seria "devastadora" para o governo e também tinha rejeitado uma solução temporária para o programa federal de seguro de saúde para crianças pobres (Chip, em inglês), que legisladores governistas querem renovar por seis anos para agradar a oposição democrata.

Os republicanos, que dominam o Senado e a Câmara, querem um orçamento para 2018 que aumente o gasto militar, uma promessa de campanha de Trump, que considera que as forças armadas têm equipamentos insuficientes após mais de 16 anos de guerra ininterrupta.

"Estamos reconstruindo nosso exército e (a paralisação) seria o pior para ele", disse nesta quinta o presidente, em visita ao Pentágono.

A oposição democrata exige em troca de seu voto uma solução para os "dreamers", jovens que entraram nos Estados Unidos ilegalmente quando eram crianças. Eles correram risco de deportação após Trump revogar, em setembro do ano passado, o programa Daca da era Obama, que lhes garantia residência temporária. Na semana passada, Justiça suspendeu a decisão de revogar o programa, porém o futuro desses jovens segue indefinido.

(Foto: REUTERS/Yuri Gripas)