ECONOMIA NACIONAL

CNC: endividamento das famílias cresce menos em outubro

O número de famílias com dívidas continuou crescendo e chegou a 74,6%, segundo a Peic.

Em 04/11/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A CNC avalia que a alta recente dos juros reduziu a contratação de dívidas em outubro e fez o indicador ter um acréscimo abaixo dos últimos meses, quando apresentava aumento, em média, de 1,5 ponto. 

O número de famílias brasileiras com dívidas continuou crescendo em outubro e chegou a 74,6%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (4) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O levantamento mostra que o ritmo de crescimento do endividamento diminuiu e que a alta de outubro foi de 0,6 ponto percentual em relação a setembro. Mesmo assim, o aumento foi a 11ª alta mensal consecutiva. 

A CNC avalia que a alta recente dos juros reduziu a contratação de dívidas em outubro e fez o indicador ter um acréscimo abaixo dos últimos meses, quando apresentava aumento, em média, de 1,5 ponto. 

Já frente a outubro de 2020, o percentual de famílias endividadas é 8,1 pontos maior em 2021, fazendo desse o segundo maior crescimento anual da série histórica.

O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu 25,6%, segundo a CNC, o que representa 0,1 ponto acima do registrado em setembro de 2021 e 0,5 ponto abaixo de outubro de 2020. 

Já a parcela das famílias que declarou não ter condições de pagar contas ou dívidas caiu de 10,3% para 10,1% na passagem mensal e 1,8 ponto na comparação anual.

Em texto divulgado pela confederação, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, considera que o relativo controle da taxa de inadimplência diante do cenário econômico "é impressionante". 

"A inflação corrente elevada e disseminada tem deteriorado os orçamentos domésticos e diminuído o poder de compra das famílias, em especial as na faixa de menor renda. Os números demonstram os esforços em manter os compromissos financeiros em dia, com renegociação e melhor controle dos gastos”, avalia. (Por Vinícius Lisboa/Agência Brasil)

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