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Com país em crise, hotéis apostam em ocupação de hermanos no verão do RJ.

A previsão da ocupação da rede de hotéis no Rio para o Réveillon é de 64,15%.

Em 15/12/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A hotelaria do Rio de Janeiro conta com os visitantes dos países vizinhos para turbinar o setor de turismo do município e minimizar os efeitos da crise. Essa é a aposta do presidente regional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na cidade (ABIH-RJ), que afirma que a entidade acredita em um volume maior de pessoas que virão dos outros países da América do Sul, após uma propaganda favorável da cidade durante a Olimpíada.

“O mercado sul-americano ficou impactado positivamente durante a Olimpíada. Eles ficaram interessados em vir ao Rio e vimos o interesse dos agentes de viagem e dos jornalistas de viagem”, explicou Alfredo Lopes, da ABIH-RJ.

Em meados de dezembro, a previsão da ocupação da rede de hotéis no Rio para o Réveillon é de 64,15%. A maior procura é por vagas nos bairros de Copacabana e Leme, com 75,43%. Logo em seguida estão os bairros de Ipanema e Leblon, com 68,17%. Depois, a busca é por lugares em Botafogo e no Flamengo, com 66,31%. Já o Centro apresenta 52,35% de quartos ocupados para a festa da virada.

De acordo com Alfredo, a ocupação é a mesma do ano passado, mas com a diferença que, ao longo do ano, o tamanho da rede hoteleira da cidade aumentou para atender a demanda da Olimpíada e da Paralimpíada. Porém, o caminho dos maiores eventos esportivos do planeta não é feito somente de flores. Se o número de visitantes aumentou na festa do esporte, nos outros meses do ano a ocupação caiu.

“Nós já esperávamos que fosse um ano difícil, porque todas as cidades que receberam Olimpíada tiveram queda na ocupação nos meses anteriores e posteriores dos Jogos, pois as empresas não marcam eventos nesses lugares”, explicou Alfredo, citando uma das principais fontes de renda dos hotéis.

O agravamento da crise econômica no país também prejudicou o setor hoteleiro ao longo do ano e a previsão é de 2017 também não seja um ano fácil. Porém, a ABIH-RJ acredita que parte das perdas serão recuperadas com a alta temporada e, novamente, com a ajuda dos turistas dos países vizinhos. Segundo o presidente da ABIH-RJ, este será o verão dos “hermanos”. “O dólar está favorável e agora e tem o verão,” explicou Alfredo.

A entidade acredita que a área da Barra da Tijuca, que atualmente conta com ocupação de 58,49%, terá mais destaque do que os últimos anos. Para o local, está prevista uma grande queima de fogos, que pode ser uma alternativa ao tradicional espetáculo em Copacabana.

Por Cristina Boeckel, G1 Rio