ESPORTE INTERNACIONAL

Com pênalti marcado com ajuda de vídeo, Kashima dá fim ao sonho do Nacional.

Japoneses vencem com gol originado em lance histórico para o futebol mundial.

Em 14/12/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O jogo

O sonho do Atlético Nacional de conquistar o Mundial de Clubes, abraçado pela torcida brasileira, terminou em apenas 90 minutos. Os colombianos foram surpreendidos pelo anfitrião Kashima Antlers, que, com muita aplicação tática, venceu por 3 a 0 nesta quarta-feira, em Osaka, e eliminou os verdolagas de forma precoce, na semifinal da competição. O caminho foi aberto por um gol histórico, feito por Doi em cobrança de pênalti assinalado pelo árbitro Viktor Kassai com a ajuda de recursos de vídeo. Endo, de calcanhar, e Suzuki completaram o placar já na reta final da partida.

É o Japão na final

Com o triunfo no Suita City, o Kashima Antlers - clube onde Zico marcou época como jogador e técnico - entra de vez para a história do futebol japonês, sendo o primeiro clube do país e do continente asiático a chegar a uma final de Mundial de Clubes. O Nacional, que finalizou 24 vezes na partida, é o terceiro time sul-americano a cair nas semifinais, juntando-se a Internacional (2010) e Atlético-MG (2013).

À espera do finalista

Agora, o finalista Kashima aguarda pelo vencedor do confronto entre Real Madrid e América do México, que jogam nesta quinta, às 8h30, em Yokohama - a decisão é no domingo. O Nacional voltará a campo no mesmo dia para decidir o terceiro lugar contra o derrotado na outra semifinal.

Uso do vídeo é usado de forma histórica

Aos 27min51 do primeiro tempo, Mosquera derrubou Nishi Daigo na área, mas a bola não saiu de campo na sequência. Isso só foi acontecer aos 28min36. Dois minutos após o lance da falta, o árbitro assistiu ao replay e decidiu marcar o pênalti que abriu o caminho para a vitória do Kashima Antlers. Com um problema apenas: o jogador do time japonês estava em posição irregular na jogada da falta.

Primeiro tempo acelerado

O primeiro tempo certamente agradou o público presente, que enfrentou um frio d 7°C para ver a semifinal. O Kashima apostou em sua solidez defensiva, com pressão na saída de bola adversária, e o Nacional buscou manter sua essência de toque de bola. As primeiras chances foram dos Verdolagas, mas os japoneses também levaram perigo - Armani brilhou salvando chute de Shibasaki. Em cobrança de falta na área aos 29 surgiu um lance que entrou para a história do futebol mundial, no qual o árbitro usou os recursos de vídeo para voltar o jogo e marcar um pênalti, convertido por Doi.

O gol fez o Nacional ficar nervoso e dar espaço para os japoneses quase ampliarem, parando novamente em intervenção do goleiro Armani. Na reta final, os Verdolagas cresceram, implementaram pressão e desperdiçaram ótimas chances, indo para os vestiários em desvantagem.

Segundo tempo "calmo"

A etapa final foi marcada pelo ímpeto do Nacional em busca do empate, mas também pelo nervosismo dos jogadores colombianos, que passaram a se precipitar na criação de jogadas. As alterações do técnico Reinaldo Rueda não fizeram o efeito desejado, embora os verdolagas se mantivessem no ataque e buscassem triangulações durante todo o tempo. O Kashima apostou no contra-ataque e na velocidade de seus atacantes, um dos pontos fortes do time. E a estratégia deu certo na reta final da partida, quando Endo, de calcanhar, e Suzuki aumentaram a diferença em um intervalo de dois minutos, sacramentando o fim do sonho do Nacional.

Globo Esporte