CIDADE

Começa trabalho simultâneo de recuperação de vias em Cariacica

Feitas pela Secretaria Municipal de Serviços (Semserv).

Em 23/05/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Divulgação

As três frentes de trabalho de recuperação de vias começaram as tarefas de manutenção na manhã e tarde desta quarta (22) em Cruzeiro do Sul, Bela Vista e Flexal. As intervenções de tapa-buraco, feitas pela Secretaria Municipal de Serviços (Semserv), agora acontecem simultaneamente, abarcando o maior número possível das regiões, diferente do que acontecia anteriormente quando havia apenas uma equipe e um bairro era contemplado a cada vez. 

 

 

 

 

 

 

Foto: Claudio Postay - Secom/PMC

Em Cruzeiro do Sul, a rua D. Pedro II foi o ponto de partida das melhorias. A via é fundamental para quem deseja acessar a Rodovia Leste Oeste na altura do Terminal de Campo Grande. O representante da Associação de Moradores de Cruzeiro do Sul, o empresário Robson Entringer, comemorou o que viu. "A rua estava necessitada de reparos porque o trânsito aqui é sempre intenso. Que bom que estamos tendo uma solução mais rápida", apontou.

Em Bela Vista, os trabalhos se concentraram ao longo da avenida Gerson Camata e avançaram na rua Guaraná.

Em Flexal, as equipes fizeram trabalho de recuperação asfáltica na avenida Nossa Senhora da Penha e também na avenida Amélia Siqueira. O vigilante Gileno Rezende aprovou os serviços nesta última. "A rua já estava cheia de buracos e é nela que passa a linha principal do ônibus. Além disso, é uma rua que conta com muito do comércio do bairro. O tapa-buraco ajuda também a movimentar a economia", destaca. 

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Cras Alto Mucuri promove evento sobre violência contra crianças e adolescentes

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) garante aos menores de idade proteção de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão e, atendendo a essa determinação, no próximo dia 29, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Alto Mucuri promoverá o evento “Vamos Falar das Flores”. Uma das atividades do evento será a palestra “Acolhimento a Crianças Vítimas de Violência”.

Arte - Divulgação/PMC

A palestra, que será ministrada pelo psicólogo Getulio Sérgio Souza Pinto, será aberta à comunidade e serão abordados temas como tipos de violência contra crianças e adolescentes e sinais indicativos de quadros existentes de agressão. Para Souza, que é especialista em Violência e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os tipos mais comuns são a física e psicológica, no entanto, a sexual é a mais severa. Ele aponta elementos de que indicam que uma situação de violência sexual pode estar ocorrendo.

“A negação muito drástica a entrar em contato com algumas pessoas, quadro depressivo, pequenos ferimentos na região genital, doenças sexualmente transmissíveis entre outros. Existem indicadores da ordem biológica, psicológica e social e todos com a mesma relevância”, diz.

A exploração sexual consiste na utilização de crianças e adolescentes para fins sexuais para obtenção de lucro, podendo ocorrer de quatro formas: prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo com motivação sexual.

Já o abuso sexual é a utilização da sexualidade de uma criança ou adolescente para a prática de qualquer ato de natureza sexual. Um dos agravantes do abuso sexual é o fato de ele, geralmente, ser praticado por uma pessoa com quem o menor possui uma relação de confiança, e que participa do seu convívio. O psicólogo explica que cerca de 80% dos casos de abuso sexual ocorrem no seio familiar.

“Esse tema precisa ser pauta do dia, não pode ficar relegado ao silêncio e à invisibilidade. Um dos grandes problemas dos índices de violência sexual que nós temos no Brasil é que uma grande maioria, cerca de 70% a 80% dos casos, ocorrem dentro de casa, na maioria das vezes, por um homem próximo à criança, presume-se que o silêncio é o que garante essa impunidade”, avalia.

Sequelas

Considerando que a infância é o momento crucial de formação da personalidade, a experiência de violência sexual nessa fase da vida costuma ser mais severa, podendo deixar sequelas para o resto da vida.

“Costumamos observar quadros de estresse pós-traumático, caracterizado por uma revivescência constante do acontecimento; insônia; retração social; agressividade; irritabilidade e fobias. Lá na frente a gente pode encontrar quadros mais severos em termos psiquiátricos como depressão, bipolaridade e esquizofrenia”, aponta o especialista.

Por isso, jogar luz sobre o tema é essencial, como declara a coordenadora do Cras de Alto Mucuri, Lylliane Barcellos de Assis Mariano. “É importante falarmos sobre acolhimento porque estamos vendo, em nossa sociedade, muitas crianças e adolescentes que sofrem todos os tipos de violência. Muitos nem demonstram isso, a gente é quem percebe”, lamenta.

A fala de Lylliane é engrossada por Souza. “Iniciativas como essa, de levar essa discussão, tanto para profissionais quanto para a comunidade, tem um efeito imenso sobre esse quadro assustador da violência sexual contra crianças e adolescentes”.   

Na ocasião as crianças do Serviço de Convivência farão a apresentação da música "Fico Assim sem Você", de Claudinho e Buchecha.

Serviço

Evento: Vamos falar de flores em prol da campanha Faça Bonito
Palestra: Acolhimento a Crianças Vítimas de Violência
Dia: 29/05/2019
Hora: 13h às 15h
Local: Cras de Alto Mucuri. Rua Bragança, s/n°, próximo à Igreja São João Evangelista