POLÍTICA INTERNACIONAL

Comissão pede que imprensa não divulgue documentos de Macron.

A comissão estendeu o aviso a toda a população e usuários de redes sociais.

Em 06/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Comissão Nacional de Controle da Campanha Presidencial na França pediu na madrugada deste sábado (6) que os meios de comunicação não publiquem informações sobre os documentos internos  hackeados da campanha do candidato presidencial Emmanuel Macron e difundidos nas redes sociais. As informações são da Agência EFE.

Em um comunicado, a comissão pediu para que os veículos de imprensa, especialmente os sites, não divulguem o conteúdo desses dados, já que, acredita-se que parte deles são falsos.

Após reunião de urgência nesta manhã para examinar o caso, a comissão estendeu o aviso a toda a população e usuários de redes sociais alertando que a divulgação desses documentos  (o "MacronLeaks", como já vem sendo chamado na França) pode envolver "responsabilidade penal" de seus autores.

O organismo "pede aos atores presentes em sites da internet e nas redes sociais, em primeiro lugar os meios, mas também todos os cidadãos, a ter responsabilidade e não transmitir esses conteúdos, com o intuito de não alterar a transparência da eleição, não infringir a lei e não se expor a uma infração penal".

E lembra que os documentos divulgados têm todas as chances de terem sido "misturados com informações falsas". Com isso, a transmissão ou retransmissão está "suscetível a receber uma qualificação penal de muitos tipos e de acarretar a responsabilidade de seus autores".

O partido Em Movimento, fundado por Macron, informou na noite de ontem que foi vítima de um ataque hacker "em massa e coordenado" que levou ao vazamento "nas redes sociais de informações internas de diversas naturezas". A coordenação da campanha denunciou que os arquivos pirateados - como e-mails, documentos contábeis e contratos - "foram obtidos há várias semanas graças ao ataque hacker de endereços de e-mail pessoais e profissionais de dirigentes do movimento".

De acordo a equipe de Macron, os autores do ataque enviaram documentos falsos junto com verdadeiros para "semear a dúvida e a desinformação".

O anúncio foi feito faltando pouco menos de 24 horas para a abertura das urnas para o segundo turno das eleições presidenciais e poucos minutos depois do encerramento da campanha eleitoral de um pleito que tem Macron como grande favorito em relação à candidata de extrema direita Marine Le Pen.