ECONOMIA NACIONAL

Confiança do setor de serviços sobe em janeiro e volta ao maior nível desde 2015.

A reação representa uma redução no pessimismo das empresas.

Em 31/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

SÃO PAULO  - Depois de três meses de queda, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil apresentou melhora em janeiro em meio ao cenário de inflação em queda e perspectiva de melhora do crédito, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

O ICS atingiu 80,4 pontos em janeiro depois de subir 4,1 pontos, voltando ao patamar de 80 pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2015, após recuo em dezembro que levou o indicador ao menor nível desde junho passado.

"A reação representa uma redução no pessimismo das empresas uma vez que os resultados ainda se encontram em patamar historicamente muito baixo", afirmou o consultor do FGV/IBRE, em nota, Silvio Sales. "De todo modo, esses resultados podem sinalizar o início de reação no ânimo empresarial em resposta a um contexto de inflação em queda e de uma perspectiva de melhora nas condições de crédito", acrescentou.

O Banco Central iniciou ciclo de redução dos juros básicos no final do ano passado, diante do cenário de queda dos preços e forte recessão econômica. As expectativas de agentes econômicos é que a inflação fique perto do centro da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual-- e que a Selic, hoje a 13 por cento, feche esse ciclo em um dígito.

Segundo a FGV, das 13 atividades pesquisadas, 11 apresentaram alta da confiança de serviços em janeiro. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 4,7 pontos, para 74,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 3,2 pontos, para 86,6 pontos.

A melhora da confiança acontece depois que o ritmo de contração de serviços brasileiro diminui ligeiramente em dezembro, embora o setor ainda tenha terminado 2016 com forte fraqueza no volume de novos pedidos, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).[nL1N1EP0BW]

Por Patrícia Duarte/Reuters