ECONOMIA NACIONAL

Consumo das famílias tem 1ª queda trimestral em 12 anos.

O dado foi divulgado, hoje (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 29/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O consumo das famílias teve um recuo de 0,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Essa é a primeira queda neste tipo de comparação desde o terceiro trimestre de 2003, quando o indicador também caiu 0,9%. O dado foi divulgado, hoje (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda de 1,5% na comparação com o último trimestre de 2014 também foi a maior, desde o quarto trimestre de 2008, no auge da crise econômica mundial (2,1%).

“É uma conjuntura de fatores, a gente teve uma desaceleração da massa salarial real, ou seja, da renda do trabalhador e do emprego. As operações de crédito para as pessoas físicas tiveram queda em termos reais. E tivemos aumento da taxa básica de juros (Selic). E houve uma aceleração da inflação. Isso tudo prejudicou o consumo das famílias”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Outros dois componentes da demanda interna brasileira também tiveram queda nesses tipos de comparação.

O consumo de governo recuou 1,3% na comparação com o trimestre anterior e 1,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2014.

Essa queda de 1,5% é a maior desde o quarto trimestre de 2000 (-2,8%), resultado que pode ser explicado pelo ajuste fiscal dos governos.

Já a formação bruta de capital fixo (investimentos) caiu 1,3% em relação ao trimestre anterior e 7,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

A queda nos investimentos foi influenciada principalmente pela queda na importação, mas também por um desempenho negativo da construção.

A demanda externa, por outro lado, contribuiu positivamente para a economia brasileira, já que as exportações tiveram crescimentos de 5,7% na comparação com quarto trimestre de 2014 e de 3,2% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

EBC/IBGE