ECONOMIA NACIONAL

Consumo de energia elétrica no Brasil recua 4,3% em janeiro

Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Em 06/02/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Tribuna de Petrópolis/Reprodução

O consumo de energia elétrica do Brasil recuou 4,3% em janeiro na comparação com mesmo mês do ano passado, somando 64,96 gigawatts (GW) médios no período, com alguns setores industriais registrando diminuições expressivas, disse nesta quinta-feira (06) a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

No ambiente regulado, em que os consumidores são atendidos por distribuidoras, o índice apresentou retração de 5,7%, enquanto no mercado livre, no qual empresas negociam diretamente com geradoras e comercializadoras, a queda foi de 0,5%.

Na divisão por segmentos industriais, o setor de extração de minerais metálicos foi o que apresentou maior queda no consumo, com recuo de 22,3%, seguido por madeira, papel e celulose (-6,3%) e químicos (-5,5%), disse a CCEE.

Analistas citaram um clima mais ameno em janeiro, o que impacta no consumo de energia pelos equipamentos de ar condicionado, e questões econômicas para explicar o recuo.

“A queda no consumo de energia... nos surpreendeu, mas corrobora o fato de que a economia não está crescendo como era esperado”, disse o sócio-diretor da consultoria Thymos, Alexandre Viana.

“Uma hipótese que talvez explique o cenário de queda no consumo é o impacto do crescimento da geração distribuída (GD) sobre o consumo do mercado regulado, o qual sofreu queda mais expressiva (5,7%)”, acrescentou ele.

O consultor citou ainda valores altos das tarifas e a bandeira tarifária amarela em janeiro, que representa uma taxa extra a cada 100 kWh consumido, o que teria feito o consumidor economizar o uso de energia elétrica.

Paulo Toledo, sócio-diretor da comercializadora Ecom Energia, disse acreditar que a queda no consumo se explica principalmente pelo clima mais ameno, em meio a uma recuperação econômica não tão pujante como esperado. (Reuters)