ESPORTE NACIONAL

Coordenador-chefe da seleção de ginástica é convocado por CPI

Fantástico revelou que 40 atletas e ex-atletas dizem ter sido vítimas de abuso.

Em 07/06/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga crimes de maus-tratos contra crianças aprovou a convocação do coordenador-chefe da seleção brasileira de ginástica, Marcos Goto, e da psicóloga Thaís Copini, contrata pelos pais dos atletas.

Por se tratar de convocação, Goto e Thaís serão obrigados a comparecer à comissão. A data da audiência, contudo, ainda não foi marcada. Eles vão falar sobre denúncias de ginastas que relatam ter sofrido abuso sexual do técnico Fernado de Carvalho.

Em abril, o Fantástico mostrou que 40 atletas e ex-atletas da seleção brasileira disseram ter sido vítimas de abusos sexuais praticados entre 1999 e 2016 pelo técnico.

Fernando era o técnico deles no clube Mesc, de São Bernardo do Campo (SP). Depois da denúncia, ele foi afastado de todas as funções no clube. Na ocasião em que as denúncias se tornaram conhecidas, o ex-treinador negou as acusações.

Alguns atletas que denunciaram Fernando contaram ter relatado a Goto os assédios que sofreram. Eles reclamam da falta de ação e da “chacota” feita pelo coordenador sobre o caso.

Na época das denúncias, Goto se pronunciou em nota. Ele disse que os supostos abusos eram tratados como boatos e que "podem ter gerado algum tipo de gracejo na época".

De acordo com a assessoria do presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), Thaís Copini foi convocada por ter sido psicóloga do clube.

Em maio, a CPI ouviu Fernando Lopes. Ele negou os abusos e afirmou ter sido vítima de um “complô”. "Alguém precisava cair, precisava estar fora. A vida de treinador sempre foi complicada, sempre a busca pelo melhor cargo, então havia algumas desavenças.", afirmou na época.

(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)