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Coreia do Norte testa novo sistema antiaéreo.

É o mais recente de uma série de testes de mísseis realizados no país.

Em 02/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, supervisionou um teste bem-sucedido de um novo sistema antiaéreo, anunciou neste sábado (2) a agência oficial norte-coreana KCNA.

Este é o mais recente de uma série de testes de mísseis realizados recentemente por Pyongyang em um contexto de forte tensão na península dividida.

Foi anunciado por ocasião da cúpula sobre segurança nuclear realizada em Washington.

"Kim dirigiu o teste de um sistema antiaéreo teleguiado de um novo tipo e, sob sua observação, foram lançados foguetes antiaéreos que impactaram com precisão falsos alvos aéreos inimigos", indicou a KCNA.

No dia 29 de março, a Coreia do Norte testou um míssil de curto alcance na costa leste do país. O míssil foi disparado próximo da cidade costeira de Wonsan, percorreu cerca de 200 quilômetros rumo ao nordeste e "fez contato" com o território continental, afirmaram os militares da Coreia do Sul em um comunicado.

Kim Jong Un presidiu uma série de lançamentos de mísseis de curto alcance nas últimas semanas, o que a mídia estatal da Coreia do Norte caracterizou como uma reação a sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em funçã

o de seu quarto teste nuclear em janeiro passado.

A Coreia do Norte seguirá em frente com seus programas nuclear e de mísseis balísticos, desafiando os Estados Unidos e seus aliados, afirmou So Se Pyong, embaixador norte-coreano na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, à Reuters na sexta-feira (1), dizendo que no momento existe um estado de "semi-guerra" na dividida península.

So Se Pyong criticou os grandes exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul em andamento, que disse terem como meta a "decapitação da liderança suprema da República Popular Democrática da Coreia".

A Coreia do Norte realizou um quarto teste nuclear no dia 6 de janeiro e lançou um foguete de longo alcance em fevereiro. Também nesta sexta-feira, os militares sul-coreanos afirmaram que seu vizinho do Norte disparou um míssil no mar ao longo de sua costa leste.

"Se os Estados Unidos continuarem, temos que adotar contramedidas também. Temos que desenvolver, e temos que usar mais dissuasão, dissuasão nuclear", disse em uma entrevista So, que também é o enviado de Pyongyang à Conferência sobre o Desarmamento, patrocinada pela ONU.

Cúpula Nuclear em Washington
O presidente dos EUA, Barack Obama, se reuniu com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, na quinta-feira e se comprometeu a aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte em reação a seus testes nuclear e de mísseis recentes.

Encontrando-se nos bastidores da Cúpula de Segurança Nuclear em Washington, os três líderes renovaram o compromisso com a segurança de seus respectivos países e alertaram que podem adotar novas medidas para se contrapor às ameaças de Pyongyang.

Na quinta-feira, o presidente da China, Xi Jinping, também pediu diálogo para resolver a situação na península coreana durante um encontro com Park em Washington, relatou a agência de notícias Xinhua nesta sexta-feira.

Indagado se seu recluso país se sente pressionado por sua aliada China e outras potências, So respondeu: "Estamos seguindo nosso próprio caminho. Não estamos tendo diálogos nem discussões sobre isso".

Em março, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade uma resolução cuja meta é impedir que Pyongyang tenha acesso a fundos para seus programas nuclear e de mísseis balísticos.

Fonte: AFP