ECONOMIA INTERNACIONAL

Credores disseram considerar a nova proposta da Grécia positiva.

A proposta grega será examinada neste sábado (11) pelos ministros da Economia da união monetária.

Em 10/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Após a análise da nova proposta feita pelo governo de Alexis Tsipras, os credores da Grécia disseram considerá-la "positiva", vendo nela "uma base de negociação" em troca de um terceiro plano de ajuda de 74 bilhões de euros, disse uma fonte europeia, nesta sexta-feira.

"As três instituições concordam em fazer uma avaliação positiva da proposta de reformas transmitida ontem (quinta-feira) pelo governo grego", afirmou a fonte consultada pela AFP, em referência à União Europeia (UE), ao Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

A proposta grega, que gera expectativas de um acordo que evite a saída de Atenas da zona do euro, será examinada neste sábado (11) pelos ministros da Economia da união monetária, reunidos em Bruxelas.

De acordo com a mesma fonte, a reunião do Eurogrupo deverá levar, "no melhor dos casos, a um acordo político", já que a decisão de voltar às negociações com Atenas será tomada na cúpula de chefes de Estado e de Governo dos 28 integrantes da UE no próximo domingo, em Bruxelas.

Caso a Grécia e seus credores cheguem a um acordo, este deverá ser submetido a pelo menos oito parlamentos na zona do euro e ao Bundestag alemão.

"A proposta submetida pelo governo grego é uma base de negociação para um terceiro programa de 74 bilhões de euros em três anos: 16 bilhões do FMI, e 58 bilhões do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES), um décimo da sua capacidade", avaliou a fonte europeia.

Segundo uma outra fonte, os credores "se surpreenderam positivamente" com o documento enviado nesta quinta-feira por Atenas e consideraram que há medidas muito parecidas com aquelas apresentadas pela Comissão no fim de junho.

No documento de 13 páginas intitulado "Ações prioritárias e compromissos", publicado na noite de quinta-feira, Atenas se compromete a adotar grande parte das propostas dos credores em 26 de junho e rejeitadas pelos gregos no referendo do último domingo, 5 de julho.

No debate no Parlamento grego, o primeiro-ministro Alexis Tsipras defendeu sua proposição aos credores, embora tenha admitido que o acordo contém concessões "difíceis" e que está "longe do pacto eleitoral" de seu partido de esquerda.

AFP