NEGÓCIOS

CSN espera fechar até outubro a venda de ativos no exterior

As operações incluem usinas de aço em Portugal e na Alemanha.

Em 09/08/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Jakob Schäfer/Gauche Anticapitaliste

A CSN espera fechar até outubro a venda de ativos no exterior, incluindo usinas de aço em Portugal e na Alemanha, o que deve envolver acordo para venda antecipada de minério de ferro, disseram executivos da empresa nesta quarta-feira.

A empresa, que encerrou o segundo trimestre com alavancagem de 5,34 vezes, espera conseguir 1 bilhão de dólares com a venda dos ativos e mais 1,5 bilhão de dólares com acordo de venda antecipada de minério ferro.

“Esperamos conseguir este ano 3 bilhões (de dólares) em desalavancagem. Se conseguirmos isso, dobraremos o valor da companhia”, disse o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, em teleconferência com analistas.

A conta inclui os 400 milhões de dólares levantados pela CSN no final de junho com venda de usina nos Estados Unidos.

Segundo Steinbruch, a meta da CSN é reduzir a alavancagem para um múltiplo de 4 vezes a relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) até o fim do ano. Mas disse que seu “objetivo pessoal” é que a essa relação seja de 3,5 vezes neste ano e 2,5 vezes no fim de 2019.

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A CSN divulgou mais cedo que teve lucro líquido de 1,19 bilhão de reais no segundo trimestre, ante prejuízo de 640 milhões no mesmo período de 2017. O Ebitda avançou 58 por cento no período, para 1,42 bilhão de reais.

Steinbruch afirmou que a empresa já contratou um banco para assessorá-la na venda dos ativos, que não incluirão operações no Brasil como o terminal de contêineres Tecon (Rio de Janeiro) que era visto pelo mercado com potencial alvo de desinvestimento.

O executivo afirmou que a opção de venda de ativos apenas no exterior é decorrente do câmbio e do atual momento positivo das operações em Portugal e Alemanha, em meio à manutenção da demanda europeia por aço.