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Demissões de funcionários da Usiminas continuam em Cubatão.

Empresa não informou número de afetados, mas sindicato acredita em 600.

Em 20/01/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Alguns meses após anunciar queda na arrecadação e a provável demissão de funcionários, a siderúrgica Usiminas entra, nesta quarta-feira (20), no segundo dia de demissões de trabalhadores do polo industrial de Cubatão (SP). Desde a última terça-feira (19), centenas de funcionários foram demitidos. O sindicato que defende a categoria acredita que pelo menos 600 metalúrgicos tenham sido afetados nos últimos dois dias.

Já a empresa alega que as demissões estão relacionadas à crise econômica e a queda de 26% na produção de aço no país em apenas em um ano.

Embora o número real de funcionários desligados da companhia não tenha sido informados, o sindicato acredita que o número esteja próximo de 600. "Não estão passando nada para nós, mas já estamos sabendo que no começo de fevereiro estão previstas novas demissões", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Florêncio Resende de Sá, o Sassá.

Os trabalhadores demitidos são encaminhados ao Centro de Saúde Ocupacional da Usiminas para avaliação médica. Em seguida, eles vão embora de táxi ou microônibus.

Soma de prejuízos
Para a Prefeitura, os reflexos das demissões em massa são econômicos e sociais, já que várias famílias estão perdendo a renda mensal. "Afeta os comerciantes, afeta toda economia da região e também implica em diminuição das empresas prestadoras de serviço. Isso tem reflexo direto na arrecadação de ISS do município”, disse o secretário de governo de Cubatão, Fábio Inácio.

Benefícios
A Usiminas informa que após nove reuniões com o Ministério Público do Trabalho decidiu oferecer um conjunto de benefícios extras para quem for demitido, como plano de saúde e odontológico por um prazo de três a seis meses e auxílio alimentação por até quatro meses, entre outros benefícios.

Por meio de nota, a siderúrgica acrescenta ainda que, para minimizar o impacto da medida e reduzir o número de demissões, a empresa realizou um estudo e vai redirecionar cerca de  300 empregados para atividades antes terceirizadas.

Fonte: G1-Santos