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Desempregados ameaçam fechar campos de petróleo na Líbia

A Waha produz 260,000 barris por dia, disseram executivos da empresa.

Em 21/05/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

BENGAZI, Líbia - Um grupo de jovens desempregados da Líbia fechará campos de óleo em Marada, cidade no leste do país, a não ser que suas exigências por serviços públicos melhores sejam atendidas, disse o grupo, neste domingo.

Um engenheiro de petróleo disse que, apesar da ameaça, a produção de petróleo continuava normalmente pelo oleoduto que alimenta o terminal Es Sider, que corre próximo a Marada.

Mas oficiais afirmaram que estavam monitorando de perto os protestos, já que ações similares de desempregados levaram ao fechamento de oleodutos em outras partes do país do norte da África, que está em turbulência desde a queda do líder Muammar Gaddafi, em 2011.

“Nós os jovens decidimos fechar todos os campos de petróleo de Marada… a não ser que todos os problemas sejam resolvidos com urgência”, disse o grupo em um comunicado.

O comunicado reclamou da ausência de estado, ausência de sistemas de saúde e outros serviços, e a falta de estradas ligando Marada a outras comunidades.

Os jovens também exigem empregos na empresa estatal NOC, disse uma fonte oficial de segurança.

Os serviços públicos têm decaído há anos em Marada, assim como em outras comunidades pela Líbia, com escassez de produção de cédulas de dinheiro e hospitais em funcionamento na produtora de petróleo integrante da OPEC.

Homens armados explodiram duas vezes o oleoduto próximo a Marada, desde dezembro, em uma área cuja segurança é volátil. Soldados do Estado Islâmico estiveram presentes na região até que forças do governo expulsaram-nos do seu bastião em Sirte, em 2016.

A operadora do oledouto é a Waha, subsidiária da NOC e um empreendimento conjunto da Hess Corp, Marathon Oil Corp e ConocoPhillips.

A empresa de energia francesa Total fechou um acordo de 450 milhões de dólares, este ano, com a Maraton Oil, para assumir as 16% das ações da empresa americana na concessão da Waha, mas oficiais da Líbia consideram intervir para buscar melhores termos, disseram fontes da indústria.

A Waha produz 260,000 barris por dia, disseram executivos da empresa.

(Imagem: Shawn Baldwin/Bloomberg/)