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Dezenas de crianças mortas em combates no Sudão do Sul.

O documento afirma que na região de Leer pelo menos 80 civis morreram entre 4 e 22 de outubro.

Em 07/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Dezenas de crianças morreram nos combates que prosseguem no Sudão do Sul, apesar do acordo de paz assinado em agosto, anunciou a ONU, hoje (7).

Os combates no estado de Unidade, norte do país, se intensificaram nas últimas semanas, segundo as Nações Unidas, "com graves consequências para os civis", e 40.000 pessoas sofrem fome.

O relatório do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) detalha as mortes ocorridas em uma região do estado de Unidade durante duas semanas.

O documento afirma que na região de Leer, cujo controle é disputado violentamente pelas forças governamentais e os rebeldes, pelo menos 80 civis morreram entre 4 e 22 de outubro.

Pelo menos 57 vítimas fatais eram crianças. Também foram registrados mais de 50 casos de estupro como "arma de guerra", segundo o relatório da ONU.

As duas partes em conflito são acusadas de massacres, recrutamento e morte de crianças, estupros, torturas e por forçar a fuga de moradores para "limpar" áreas onde viviam seus inimigos.

Os combates e outros atos de violência deixaram milhares de mortos, assim como 2,2 milhões de deslocados, o que representa quase 25% da população.

Apesar do acordo de paz assinado em 26 de agosto, os combates entre as forças governamentais e os rebeldes foram interrompidos.

O Sudão do Sul é cenário, desde dezembro de 2013, de uma terrível guerra civil entre o exército, leal ao presidente Salva Kiir, e uma rebelião dirigida por seu ex-vice-presidente e rival Riek Machar.

Em outubro, a ONU advertiu que mais de 30.000 pessoas corriam o perigo de morrer de fome no Sudão do Sul por falta de ajuda de emergência.

bur-pjm/fp/AFP