ECONOMIA INTERNACIONAL

Dólar abre em queda com intervenção do Banco Central

Ontem, moeda americana fechou a R$ 3,5492, maior valor desde junho de 2016.

Em 03/05/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O dólar opera em leve queda ante o real na manhã desta quinta-feira-feira (3), após atingir na véspera maior votação em quase dois anos e com o Banco Central voltando a atuar no mercado de câmbio para suavizar os efeitos da alta da moeda.

Às 10h25, a moeda dos EUA recuava 0,12%,a R$ 3,5449.

Na vespéra, o dólar fechou com alta de 1,33%, a R$ 3,5492 na venda – maior cotação desde 2 de junho de 2016, quando o dólar estava cotado a R$ 3,5859.

Na noite de quarta-feira, o Banco Central informou que atuará no câmbio pelo quarto mês consecutivo, com a oferta de contratos de swap cambial, que equivalem à venda futura de dólares. É a primeira vez no ano, porém, que o BC pretende oferecer ao mercado um número superior ao de contratos que vencem em junho.

Em junho, vencem 113 mil contratos que totalizam US$ 5,65 bilhões em swaps cambiais tradicionais, parte do estoque total de US$ 23,8 bilhões, informou o BC.

Entenda a ação do Banco Central

Segundo o Banco Central, será realizado nesta quinta um leilão de 8,9 mil contratos de swap que terão vencimentos em agosto, em novembro e em janeiro de 2019.

Em junho, vencem 113 mil contratos que totalizam 5,65 bilhões de dólares em swaps cambiais tradicionais, parte do estoque total de 23,8 bilhões, informou o BC.

A última vez que o BC ofereceu contratos de swap cambial em número superior aos vincendos no mês foi em maio de 2017, segundo a assessoria da instituição.

Os swaps são contratos para troca de riscos: o BC oferece um contrato de venda de dólares, mas não entrega a moeda. No vencimento desses contratos, o investidor se compromete a pagar uma taxa de juros sobre o valor deles e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.

Esses instrumentos servem para dar "proteção" contra variações bruscas no câmbio aos agentes que têm dívida em moeda estrangeira. Isso evita que tenham que comprar moeda no mercado à vista para se protegerem.

Movimento de alta do dólar

A alta de mais de 1% da véspera foi pressionada pelo cenário externo, após o banco central dos Estados Unidos não reduzir expectativas de que os juros podem subir mais do que o esperado no país.

O aumento dos juros nos Estados Unidos tem potencial para atrair recursos aplicados em outras economias, sobretudo dos países emergentes.

Atualmente, o banco central dos EUA, o Fed (Federal Reserve) prevê outros dois aumentos dos juros este ano, embora um número crescente de autoridades monetárias veja três altas como uma possibilidade.

(Foto: Reuters/Dado Ruvic)